Antonelli detalha teste com F1 e relata dificuldade para “encontrar limite do carro” 

Com uma vaga em aberto na Mercedes para 2025 somada à rápida ascensão de Andrea Kimi Antonelli à Fórmula 2, era inevitável que o jovem italiano testasse com a equipe em 2024. E os primeiros encontros entre piloto e carro da F1 já aconteceram, com o jovem pupilo da escuderia alemã sofrendo para “encontrar o limite do carro”.

Antonelli começou com uma campanha discreta na F2, mas conseguiu se recuperar nas últimas provas e já soma duas vitórias na categoria, o que o coloca como favorito a suceder Lewis Hamilton em 2025. O italiano triunfou na corrida sprint em Silverstone e na prova principal da etapa da Hungria, no fim de semana seguinte. 

Com isso, Antonelli reforçou a confiança de Toto Wolff, chefe da Mercedes, que já destacou que os testes do italiano com a equipe são “encorajadores”. Para o jovem, o objetivo do momento é entender o limite de um carro de Fórmula 1. 

“Você acha que não é possível, aí, quando tenta e vê que o carro fica na pista, você diz ‘ainda há uma margem’. Um carro de F1 dá muita confiança, mas uma dificuldade que senti foi em encontrar o limite. Cada vez que peço um pouco mais, o carro me dá. Vai chegar o momento em que vou entender que não há mais nada para tirar, esse será o limite, mas é uma janela muito estreita”, analisou. 

“Sei que a margem de erro é muito pequena, mas conforme a confiança no carro cresce, mais confortável estou”, destacou. 

Antonelli também relatou como foi a experiência de pilotar um carro de F1 pela primeira vez. Nos testes privados, realizados na Áustria, em Ímola e em Barcelona, foram utilizados o W12, de 2021, e o W13, de 2022.

“Durante os testes de pré-temporada, no Bahrein, disseram as datas [que testaria] e naquela hora eu disse para mim mesmo ‘você realmente vai guiar um carro de F1’. Foi um momento muito especial, porque estava definido dia e pista. Quando cheguei na pista, abri a porta da garagem e fiquei chocado ao ver quantas pessoas estavam lá, tanto engenheiros quanto mecânicos, todos para trabalhar em um único carro. E é preciso responder e fornecer informações quando te fazem perguntas. Demorei um pouco para me acostumar, mas agora já me parece normal”, comentou. 

“Foi uma experiência muito boa. Levei essa emoção comigo na primeira volta, mesmo que as condições não fossem as melhores. Estava chovendo e à tarde até nevou. Depois, no segundo dia, a pista melhorou e o desempenho evoluiu no seco. Potência, desaceleração, carga aerodinâmica. Foi incrível”, concluiu. 

Com 87 pontos somados e duas vitórias em dez rodadas, Antonelli está na sétima posição na tabela da Fórmula 2. 

Após o recesso de verão, a Fórmula 1 volta às pistas entre os dias 23 e 25 de agosto para o GP dos Países Baixos, em Zandvoort. Já a F2 retorna em Monza, de 30 de agosto a 1º de setembro, para a rodada da Itália. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da temporada 2024.

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