Após denúncia à UE, diretor-adjunto da Force India reconhece possível retaliação: “Sabemos os riscos que corremos”

Bob Fernley, diretor-adjunto da Force India, sabe que está correndo riscos de retaliação após seu time e a Sauber denunciarem à União Europeia o sistema de distribuição de receita da F1 para as equipes

Após a Force India e a Sauber entrarem junto à União Europeia com uma denúncia e um pedido de investigação do sistema de pagamento da F1, agora é hora de viver às voltas com um risco de retaliação. Bob Fernley, diretor-adjunto da equipe indiana, sabe com o que se meteu e aceita os riscos que a que agora é submetido.
 
As equipes denunciaram dizendo que "o sistema de divisão de receitas e determinação das regras da F1 é injusto e ilegal". Por meio da comissária de competições, Margrethe Vestager, a UE deve responder ao caso até o final do ano. Qualquer que seja o resultado, Fernley sabe que Bernie Ecclestone e a CVC não estão exatamente satisfeitos.
 
"Somos adultos, sabemos os riscos que corremos. Terá repercussão? Provavelmente, no momento normal. Mas você se sente forte sobre algo e não está preparado para cuidar das suas próprias convicções, então você não deveria estar nisso. Tive uma carreira bem privilegiada na F1, no automobilismo como um todo, fazendo algo que eu amo por 30 anos", disse em entrevista à 'Autosport'.
Bob Fernley conversa com a chefe-adjunta da Williams, Claire Williams (Foto: Getty Images)
"Gostaria muito de pensar que se eu deixar a F1, alguém poderia ter 30 anos também. Se isso significa que deva ter uma punição por mim no curto prazo, então não é o fim do mundo. É uma dessas coisas, você tem que aceitar. Mas você tem que ter força nas suas convicções", seguiu.
 
O diretor-adjunto, no entanto, rejeitou momentaneamente a possibilidade de ser o bode expiatório no caso. No futuro, no entanto, sabe que é possível.
 
"Não estou dizendo isso. Não sei, ninguém sabe. Mas algumas vezes quando alguém tem opiniões fortes e leva assume algo que não está nos interesses de gente muito poderosa, pode haver um problema e você tem que reconhecer isso. Se não tiver com os olhos abertos, você está sendo bobo", afirmou.
 
"Foi uma decisão muito, muito dura de tomar. Mas eu sinto que foi uma decisão que me deu toda oportunidade de mediação por uma período significativo, certamente ao menos 12 anos, tentar armar um acordo conciliatório. Claramente não há interesse nisso então temos de analisar trazer alguém idependente e com o poder de nos colocar em correção. Só quem pode fazer isso é a União Europeia", encerrou.

Na pista, no entanto, a Force India tem mais é que comemorar. Sergio Pérez foi ao pódio, o primeiro do time no ano, no GP da Rússia.

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