Aston Martin vê “erro de cálculo”, mas “Alonso não venceria em Mônaco com intermediários”
Mike Krack, chefe da Aston Martin, explicou que demorou a chover na área do pit-lane, por isso a equipe foi "consciente" em escolher os pneus médios para Fernando Alonso no GP de Mônaco
A Aston Martin chamou para si a responsabilidade pela escolha dos pneus slicks para o carro de Fernando Alonso no momento em que começou a chover no GP de Mônaco, realizado no último domingo. O chefe Mike Krack, no entanto, deixou claro que mesmo se o espanhol tivesse trocado para os compostos intermediários imediatamente, não seria possível bater Max Verstappen.
Para o engenheiro, houve um “erro de julgamento” do lado da equipe de Silverstone, embora a decisão pelos slicks na volta 52 das 78 disputadas tenha sido “consciente”. Graças à boa vantagem que tinha na pista para Esteban Ocon, Alonso manteve o segundo posto, o melhor resultado da Aston Martin na temporada 2023 da Fórmula 1.
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Krack falou aos jornalistas após a corrida. “Não esperávamos que chovesse tanto, para ser sincero. Achávamos que seria uma garoa e que secaria rápido, pois a pista estava muito quente. Geralmente você diria ‘ok, vamos ficar na pista por mais uma, duas ou três voltas’, mas os pneus estavam bastante gastos”, começou.
“E vimos as temperaturas caindo. Foi um tanto arriscado. Quando o carro [de Alonso] entrou, com a informação que tínhamos, falamos ‘ok, vamos colocar os médios’. Mas quando o carro deixou os boxes, vimos logo em seguida que realmente era muita chuva. E tivemos de voltar”, continuou Krack, ressaltando que seria possível ir até o fim com os médios se tivesse parado de chover na hora.
“Honestamente, acho que poderíamos ir até o fim com os médios, pois a pista secaria rapidamente. Julgamos um pouco mal porque demorou muito a começar a chover nessa parte [do pit-lane]. E choveu menos aqui. Então, foi um erro de julgamento, pois também achamos que os intermediários se desgastariam muito mais nesse trecho [seco] da pista. No final das contas, optar pelos médios foi uma decisão consciente. Mas vimos uma volta depois que não ia dar certo e o chamamos de volta”, completou o dirigente.
Se tivesse colocado os intermediários logo no primeiro pit-stop, Alonso teria se aproximado consideravelmente de Verstappen, pois ao contrário da Aston Martin, a Red Bull optou por deixar o #1 na pista por mais uma volta inteira com os slicks desgastados. Max chegou a raspar os muros antes do túnel e disse que a batida até o ajudou a não derrapar na pista.
Mesmo assim, o chefão da equipe inglesa não acha que Alonso teria chances reais de vencer. “Não acho que [a corrida] foi perdida. Se tivéssemos colocado intermediários, Max teria colocado os mesmos pneus. Ele ele também tinha vantagem. Então não acho que teria mudado muito.”
“No geral, acho que não devemos ser muito gananciosos, temos de olhar para trás e ver quais eram os nossos objetivos. Viemos aqui para fazer melhor do que fizemos até agora. Acredito que conseguimos isso. E acho que os Red Bull estavam um pouco rápidos demais para nós”, acrescentou.
“Essas chamadas aos boxes são feitas em um espaço de tempo muito curto. E você tem de conviver com isso: quando toma a decisão, tem de executar. Porque senão fica com dois pneus de chuva e dois slicks no carro”, seguiu o dirigente, dizendo, por fim, que a escolha pelos slicks não foi decisão de Alonso.
“Temos um bom entendimento entre piloto e equipe. Às vezes o piloto diz [qual pneu] e você coloca. Nesse caro, nós decidimos pelos slicks. Fernando ficou feliz com isso. E, depois, ele também ficou feliz por trocar para os intermediários”, finalizou Krack.
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