Audi e Porsche iniciam estágio final de avaliação para entrada na F1 em 2026

Reunião do conselho de supervisão da Volkswagen deu luz verde para entradas de Audi e Porsche na Fórmula 1. Marcas aguardam assinatura de novo regulamento de 2026 para oficializar entrada

FÓRMULA 1 2022 NA AUSTRÁLIA SEM JOIAS E VOLTA DE MARC MÁRQUEZ NA MOTOGP | WGP

A entrada de Audi e Porsche como fornecedoras da Fórmula 1 já superou três barreiras e está cada vez mais próxima. Segundo reportagem da revista alemã Auto Motor und Sport, os conselhos administrativos e fiscais das duas marcas já concordaram com a chegada. O que restava era a aprovação do conselho de supervisão do grupo Volkswagen, em Wolfsburg, que se reuniu nesta quinta-feira (7) e teve resultado positivo.

Em nota enviada à AMuS, o grupo citou que “o conselho de administração e o de supervisão da Volkswagen AG, Porsche AG e Audi AG confirmaram os planos das duas marcas para uma possível entrada na Fórmula 1. As marcas Porsche e Audi fornecerão detalhes em uma data posterior. Ainda não foi tomada uma decisão sobre a entrada, mas estamos na fase final da avaliação. Os novos regulamentos para 2026 e os anos seguintes ainda não estão disponíveis. Eles preveem mudanças de longo prazo para um esporte mais sustentável, o que é um pré-requisito exigido pela Audi”.

A decisão final para a entrada de Audi e Porsche na Fórmula 1 só será feita quando todos os contratos estiverem assinados. Até lá, as duas marcas podem pular fora do projeto. A aprovação do novo regulamento de 2026 pode acontecer pela FIA em junho, mas corre risco de adiamento para outubro por conta de temas não resolvidos. Enquanto o regulamento não for assinado, ambas não vão começar a trabalhar.

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AUDI; PORSCHE; FÓRMULA 1;
Audi e Porsche na F1? Depende agora de decisão do Grupo Volkswagen (Foto: Reprodução)

Os motores da Fórmula 1 a partir de 2026 manterão a tecnologia V6 turbo, mas com a extinção do MGU-H, bateria responsável por gerar energia elétrica nos carros, enquanto o MGU-K passa a compensar neste aspecto. Cerca de 476 cv devem ser entregues pelo motor de combustão e o motor elétrico.

O combustível será 100% neutro em CO2, e o teto de gastos deve ser mantido em US$ 140 milhões (R$ 666 milhões na cotação atual). Equipes de fábrica como Mercedes e Ferrari já trabalham de forma saudável financeiramente pelos bons contratos de patrocínio, e o sistema chama atenção do valor da F1, com montadoras como a Honda cogitando retorno em 2026, segundo rumores.

Outra discussão recorrente é sobre o teto de gastos para montadoras novas. A FIA tem o desejo de ajudar as novatas dando mais horas de testes do que os times que já estão consolidados como Mercedes, Ferrari e Renault. Há análise para ter certeza que a Red Bull Powertrains não vai se classificar como novata e ter vantagem dupla em uma possível aliança com a Porsche.

Sobre a relação com as equipes, Audi negociou com a McLaren para assumir parte da divisão automotiva do time de Woking e parte da equipe da Fórmula 1. A equipe não mostrou muito interesse na venda, especialmente pelo crescimento da F1 e a valorização ascendente de cada escuderia, e nem o aumento na proposta foi suficiente. Entretanto, a McLaren Automotive precisa de um parceiro forte para encarar a era híbrida dos carros, e conversas com a BMW acontecem.

McLaren não se interessou em vender equipe (Foto: McLaren)

Sem McLaren, a Audi busca outras alternativas. Williams é fora de cogitação por conta do desejo do time de Grove em se manter independente, e quem surge na frente para o casamento com a montadora de Ingolstadt é a Sauber. As duas partes já trabalharam anteriormente quando os alemães utilizaram o túnel de vento do time suíço para desenvolver um protótipo das 24 Horas de Le Mans. Jan Monchaux, ex-Audi, hoje é diretor de tecnologia do time de Hinwil.

É importante lembrar que a Sauber não tem problemas com mudanças de nome. Entre 2006 e 2009, o time correu com a marca BMW por conta da parceria com a montadora de Munique, e hoje, competem como Alfa Romeo mesmo que nenhuma parte do carro seja feita na Itália. Quem também surge na competição para ter a Audi é a Aston Martin, que deseja montar a própria unidade de potência e conversou sobre uma parceria.

Lawrence Stroll, dono da marca Aston Martin, tinha o plano de um projeto semelhante ao da Red Bull, da criação de um motor próprio se baseando na tecnologia Honda, mas a falta de engenheiros bons forçaram o descarte. O bilionário canadense também quis comprar a fábrica de motores da Mercedes, a HPP, em Brixworth. Mesmo com a abertura de Ola Källenius, diretor-executivo do grupo Daimler, a ouvir uma proposta, o negócio não se concretizou.

Já a Porsche não tem tanto interesse em virar uma equipe como a Audi quer. O objetivo da marca é formar uma parceria e comprar pequenas ações do time. Contatos com a Red Bull acontecem há tempos, as partes até chegaram perto de trabalhar juntas em 2018, quando o time austríaco rompeu a parceria com a Renault. O projeto foi cancelado de última hora pelo envolvimento da marca alemã no ‘Dieselgate’, escândalo do grupo Volkswagen com falsificação de resultados de emissões de poluentes em motores a diesel.

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