Ecclestone critica calendário inchado da F1: “Destrói famílias e atropela a saúde”

No entendimento de Bernie Ecclestone, não faz sentido a Fórmula 1 promover tantas corridas em sequência porque prejudica a saúde dos envolvidos no esporte. Na opinião do ex-dirigente, 18 GPs são mais que o suficiente

Grave acidente envolveu diversos pilotos da Moto3 e encerrou a prova (Vídeo: Reprodução/DAZN)

Os calendários do Mundial de Fórmula 1 têm sido cada vez mais cheios. Nesta temporada, a gestão liderada pelo Liberty Media tentou empreender um cronograma de 23 GPs, que seria o maior da história, mas os efeitos da pandemia de Covid-19 resultaram nos cancelamentos de etapas na China, Austrália, Japão, Singapura e Japão. Mesmo com os esforços da cúpula da F1, liderada por Stefano Domenicali, o calendário deste ano vai ficar com 22 GPs, mas a ideia é ter 23 corridas no ano que vem. Bernie Ecclestone, que até 2016 foi o comandante da Fórmula 1, é totalmente contrário a uma programação tão inchado.

Tal cenário também tem gerado diversas críticas no paddock por conta da exaustão que tudo isso impõe aos funcionários que trabalham direta ou indiretamente com a Fórmula 1 ao redor do mundo. Os chefes de McLaren e Mercedes, por exemplo, deixaram claro que um calendário tão exaustivo representa “um fardo”.

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Bernie Ecclestone criticou a F1 por inchar demais o calendário (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Andreas Seidl entende que não há espaço no ano para mais que 20 GPs. O alemão, inclusive, é até favorável ao rodízio de circuitos, mantendo no máximo duas dezenas de eventos em uma temporada.

“Do nosso ponto de vista, pensamos que o calendário ideal é com 20 corridas. Talvez 15 etapas como eventos fixos e a possibilidade de rodar cinco praças ano por ano e explorar novos mercados ou novas pistas. E claro, é importante agendar estes 20 eventos de uma forma sustentável para nós e também ao meio ambiente”, declarou em entrevista reproduzida pelo site Motorsport Week.

Ecclestone, por sua vez, entende que uma programação tão extensa é bastante prejudicial à saúde de todos os envolvidos com a Fórmula 1 de alguma forma. “18 corridas são o bastante. Mas agora isso está destruindo muitas famílias com esse estresse desnecessário e atropela a saúde”, criticou o ex-dirigente em entrevista veiculada pelo site GrandPrix.com.

Bernie entende que até mesmo os fãs mais fervorosos ficarão saturados com tantas corridas num curto espaço de tempo. “É assim que você irrita até os maiores fãs e destrói o interesse da TV também”.

Segundo esboço divulgado recentemente pelo site britânico RaceFans, o calendário da temporada 2022 da Fórmula 1 vai contar com duas sessões de pré-temporada, na Espanha e no Bahrein em fevereiro e março, respectivamente, e 23 GPs, com início da temporada marcado para 20 de março e término em 20 de dezembro, um dia antes da abertura da Copa do Mundo do Catar.

Trata-se de um período de 36 finais de semana. Nela, há a previsão de três rodadas triplas: 3, 10 e 17 de julho com os GPs da Inglaterra, Áustria e França ou Emília-Romanha; 29 de agosto, 4 e 11 de setembro com os GPs da Bélgica, Holanda e Itália; e depois com 25 de setembro, 2 e 9 de outubro com os GPs da Rússia, Singapura ou Turquia e Japão.

A Fórmula 1 aguarda o Conselho Mundial do Esporte a Motor, no próximo 15 de outubro, para tornar oficial o calendário da temporada 2022.

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