Brawn coloca Algarve como possibilidade e cogita corrida em ‘oval’ do Bahrein

Ross Brawn voltou a falar dos planos para o restante do calendário da Fórmula 1 em 2020. Diretor explora novas possibilidades

A Fórmula 1 segue trabalhando para resolver o restante do calendário de 2020. Apesar de oito corridas já confirmadas a partir do dia 5 de julho, a categoria quebra a cabeça para determinar a sequência da temporada.

Além das oito corridas europeias já confirmadas (Áustria, Estíria, Hungria, Inglaterra, Aniversário de 70 anos, Espanha, Bélgica e Itália), Ross Brawn, diretor esportivo da F1, analisa a entrada de novas praças como Mugello, na Itália, Hockenheim, na Alemanha, e Algarve, em Portugal.

“Existem várias boas corridas na Europa que poderiam aparecer no calendário, mais uma ou duas ali para deixar a temporada melhor. As conversas seguem acontecendo. O que nós realmente queremos evitar que aconteça é anunciar algo e mudar depois. Precisamos também anunciar com tempo de sobra para que todo mundo se planeje”, declarou em entrevista ao site da Fórmula 1.

“Queremos ainda que algumas corridas na segunda metade da temporada tenham espectadores, então, precisaremos de tempo para organizar também a venda de ingressos e divulgação de tudo”, completou.

Consultado pelo GRANDE PRÊMIO, o autódromo de Jerez, na Espanha confirmou que nenhuma aproximação da F1 foi feita com a intenção de uma corrida no circuito.

Foco em Europa, Bahrein e Abu Dhabi

Abu Dhabi recebe a Fórmula 1 desde 2009 (Foto: Reprodução/F1)

Uma grande questão que surge é a das corridas fora da Europa. Diretor esportivo da F1, Brawn admitiu que o foco é o velho continente por conta da logística, mas colocou Bahrein e Abu Dhabi como boas opções, sem citar, em momento algum, as Américas, ou seja, nenhuma menção ao GP do Brasil.

“As coisas estão acontecendo rapidamente, mas ainda temos tempo. Temos diferentes opções e estamos confiantes de que teremos uma ótima segunda metade de temporada, mas ainda não faz sentido cravar algumas coisas sem que estejam fechadas. Temos opções para mais corridas na Europa e talvez mais uma ou duas se necessárias. Acho que Bahrein e Abu Dhabi são boas opções pelo que vemos no momento, isso nos daria dez etapas. Aí vamos colocar mais cinco ou seis aí no meio”, disse.

“Nós sabemos que lugares que precisam montar uma pista como Baku e Singapura precisam de mais tempo que as pistas que são de circuitos fixos. Tudo isso vai ser considerado e eu acho que teremos uma segunda metade de campeonato muito boa. Teremos corridas que não vão acontecer, outras que devem ser colocadas, ainda tem muita coisa por vir”, seguiu.

Oval no Bahrein?

O circuito de Sakhir tem variações e algumas delas estão sendo cogitadas pela categoria, inclusive em uma espécie de oval.

“Uma das boas opções do Bahrein é que ele tem várias configurações de traçado, então, a gente poderia ir ao Bahrein e acabar correndo em dois traçados diferentes na mesma pista. Tem uma espécie de oval ali que é bem interessante e o traçado todo ali tem a licença 1 da FIA, seria uma opção”, seguiu.

O oval externo do Bahrein (Arte: Rodrigo Berton)

“Sabemos também que usar duas configurações de traçados envolveria um trabalho grande para o pessoal da pista, você precisa de mais tempo para ajustar as coisas, é algo que precisamos levar em conta”, citou.

Grid invertido e descartes

A temporada atípica também abriu discussões para possíveis mudanças de regra, como uma corrida de classificação com o grid invertido e até o retorno dos descartes de pontos. Porém, Brawn não trabalha com esta possibilidade em 2020.

“O grid invertido ainda é uma possibilidade, mas para o ano que vem”, declarou.

“Nós conversamos sobre a possibilidade de descartar um ou dois resultados pelas circunstâncias atuais, mas algumas equipes poderiam tirar vantagem disso e abandonar propositalmente sabendo que não teriam chances de pontuar. Seria ruim para a F1 algo assim, concluímos que o melhor para a F1 é um calendário mais curto, mas com todos os resultados ali valendo. Um campeonato um pouco mais tiro curto também vai ser bem interessante e bem válido. O melhor piloto vai vencer, teremos várias pistas diferentes, enfim, vai ser um campeonato como qualquer outro”, concluiu.

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