Sainz mira reação imediata em Miami após ficar “no limite de bater” no Azerbaijão
Carlos Sainz apontou problemas de ritmo no carro da Ferrari e disse que a corrida no Azerbaijão foi "mentalmente estressante". Porém, o espanhol se mostrou animado com a possibilidade de se redimir rapidamente em Miami
A performance no GP do Azerbaijão da Fórmula 1, realizado no último fim de semana, foi decepcionante, de acordo com Carlos Sainz. Isso porque o espanhol não conseguiu extrair o máximo do carro da Ferrari e esteve distante do companheiro de equipe, Charles Leclerc, ao longo de toda a etapa. A prova disso está na diferença de mais de 24s para o monegasco na corrida deste domingo (30).
Em entrevista à imprensa após as atividades, o dono do carro #55 trouxe várias explicações para o desempenho ruim no circuito de Baku. A primeira delas consiste nos pneus. Segundo Sainz, o ritmo piorou após a troca do compostos médio pelo duro, o que dificultou o controle da traseira da SF-23.
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“Vendo onde Fernando [Alonso] terminou, acho que de qualquer forma ele ficaria na minha frente. No primeiro stint [o médio], parecia que eu tinha encontrado um pouco de ritmo, mas assim que coloquei o duro, minhas dificuldades no fim de semana voltaram e só tive de trazer para casa um quinto lugar”, explicou o madrilenho.
“Eu sempre me sentia muito no limite de bater, ou sentia que estava perdendo o carro. Foi uma corrida bastante longa e mentalmente estressante. Mas eu trouxe para casa o quinto. Tenho certeza de que descobriremos por que isso aconteceu neste fim de semana. E tenho certeza que em Miami recuperaremos a forma”, completou.
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Logo na sequência, o espanhol apontou outro problema: o menor número de sessões de treino livre no GP do Azerbaijão. Embora ainda não tenha sido algo estudado por Sainz junto à escuderia de Maranello, o menor tempo para testes pode ter influenciado no acerto do carro. Neste ponto, o GP de Miami será bom para o espanhol, já que não terá sprint e acontecerá logo na sequência da etapa em Baku.
“Não tivemos tempo de sentar e analisar. Tivemos de ir muito rapidamente para a próxima etapa [em Miami] para ajustar o carro com a asa dianteira e as melhorias, a fim de colocá-lo em um lugar um pouco melhor, mas não nos aprofundamos nos dados para ver o que poderia ter acontecido neste fim de semana”, justificou.
“É obviamente uma pena ter um fim de semana tão frustrante aqui em Baku. De certa forma, acho positivo que a próxima corrida esteja tão próxima, porque posso superar esta muito rapidamente. Acho que preciso de um fim de semana ‘normal’ [sem sprint] para voltar a sentir o carro e, se a sensação for a mesma que eu tive aqui [em Baku], terei alguns treinos livres para experimentar o acerto”, disse.
Por fim, Sainz voltou a criticar o ritmo de corrida da SF-23, que segundo ele está abaixo da Aston Martin, principal concorrente no campeonato neste momento. O espanhol acredita que as melhorias precisam ser feitas para que a Ferrari seja como competitiva como se espera.
“Acho que ainda temos muito trabalho a fazer na corrida. Quando você vê o quanto fomos mais rápidos em relação à Aston Martin na classificação e depois vê os carros da Aston Martin atrás de Charles [Leclerc] durante toda a corrida, isso prova que o nosso carro ainda tem uma fundamental fraqueza no ritmo de corrida”, apontou o #55.
“Precisamos nos certificar de continuar dando pequenos passos na direção certa. Pelo menos nosso ritmo de classificação parece que melhoramos um pouco. Mas os pontos estão no domingo, então vamos trabalhar duro nisso”, finalizou.
Com o quinto lugar no Azerbaijão, Sainz chegou a 34 pontos no Mundial de Pilotos e continua à frente de Leclerc, que tem 28. Ambos estão atrás de Alonso e Lewis Hamilton, até o momento os principais concorrentes nas corridas. Por sua vez, a Ferrari segue em quarto no Mundial de Construtores com 62 pontos, mas a equipe reduziu a diferença para a Mercedes para 14.
A Fórmula 1 faz longa viagem e já retorna nesta semana, entre os dias 5 e 7 de maio, com o GP de Miami, primeira de três etapas do ano nos Estados Unidos.
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