Carta das equipes menores a Ecclestone clama por distribuição igualitária de lucros e fala até em formação de cartel

Em trechos da carta das equipes menores divulgado no blog do jornalista inglês James Allen, Force India, Sauber e Lotus pedem distribuição igualitária de lucros e falam em formação de cartel na F1

O discurso de Force India, Lotus e Sauber endureceu. Na carta direcionada a Bernie Ecclestone em que pedem uma reunião de urgência neste fim de semana em Abu Dhabi, os times cobraram distribuição equânime de lucros e acusaram os diretores comerciais da categoria e as cinco maiores equipes — Ferrari, Red Bull, Mercedes, McLaren e Williams — de formação de cartel.
 
Trechos da missiva foram revelados no blog do veterano jornalista inglês James Allen nesta segunda-feira (17), dentre eles o pedido por igualdade no repasse da grana entre todas as equipes. “Nós pedimos a você e aos investidores da categoria que implantem uma distribuição igual dos lucros para todos os times,"
 
Na carta, Force India, Sauber e Lotus afirmam que os novos motores consomem enorme fatia no orçamento dos times e, assim, a permanência na categoria tem se tornado inviável. “Nós somos obrigados a gastar grande parte do nosso orçamento com os motores. O resto, cerca de 30%, não é o suficiente para estarmos em condições para disputar o campeonato."
A Force India faz parte das descontentes da F1 (Foto: Force India)
Por fim, o tom das insatisfeitas escuderias se intensificou quando houve uma afirmação de que as principais potências do grid formaram um cartel junto aos administradores da categoria. “Durante as negociações, o tempo todo, os times grandes ficaram em foco, enquanto nós, efetivamente, não tínhamos espaço para negociar. Tudo isto indica uma formação de cartel entre os detentores dos direitos comerciais e das cinco principais equipes, que controlam a F1 e a distribuição de fundos da FOM, aparentemente", falava o trecho.
 
O diretor-adjunto da equipe indiana, Bob Fernley, contou em Interlagos que a F1 está caminhando na direção de adotar carros clientes, falando até que Ecclestone mencionou o termo ‘Super GP2’.
 
"A orientação que recebemos foi clara: não há dinheiro. Existe um programa muito claro entrando. O objetivo é passar para as equipes clientes. O sistema com três carros é interino. E isso vai ajudar a manter o grid", disse.
Os times menores endureceram o discurso e falaram em formação de cartel (Foto: Getty Images)
Monisha Kaltenborn, chefe da Sauber, criticou duramente a postura de Bernie e disse que a F1 está perdendo seu fascínio. 
 
"Eles estão destruindo tudo que os fãs querem e gostam. Estão destruindo todo o campeonato. É um pensamento empresarial muito míope”, declarou.
 
Houve durante o fim de semana do GP dos EUA uma ameaça de boicote à corrida por parte das três equipes, que prometeram retomar a ideia caso saíssem do Brasil sem nenhuma solução para o futuro. A reunião de urgência pode novamente colocar o grid da F1 sob ameaça para sua decisão.
 
A Caterham e a Marussia foram as primeiras a serem afetadas gravemente pela crise. Ambas ficaram de fora do GP dos EUA e do GP do Brasil. O time anglo-malaio ainda participa do GP de Abu Dhabi com o dinheiro arrecadado em uma vaquinha, mas o futuro de ambas as nanicas segue incerto.
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Será que Lewis Hamilton vai jogar pelo resultado e ser segundo colocado para ficar com o bicampeonato? E Nico Rosberg, vai para o tudo ou nada, vence e dá uma ajudinha para fazer com que Felipe Massa e companhia tentem superar o rival?  

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O NOVATO E O INICIANTE

LEWIS HAMILTON E NICO ROSBERG decidem no domingo que vem o título do Mundial de F1 de 2014. De um lado, um piloto ‘escolado’ em finais de campeonato; do outro, um que pela primeira vez chega tão perto de ser campeão. O engraçado é que, nos inúmeros perfis traçados a respeito da dupla da Mercedes ao longo do ano, Rosberg sempre apareceu como o sujeito mais frio e calculista. E é. Mas, às vésperas do GP de Abu Dhabi, ele se vê diante de uma situação que seu adversário direto já viveu — com muita intensidade — três vezes no passado.

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