Chefe da Alfa Romeo admite que ida de Vasseur à Ferrari “foi difícil”: “Era um mentor”

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Alessandro Alunni Bravi reconheceu que a saída de Frédéric Vasseur para a Ferrari representou uma mudança significativa na rotina da Alfa Romeo. Além de chefe da equipe, francês era amigo pessoal do italiano

Em seu último ano como Alfa Romeo na Fórmula 1, a Sauber que voltará a utilizar a nomenclatura original de 2024 até 2026, quando passará a se chamar Audi — precisou encarar algumas mudanças internas após a saída do então chefe Frédéric Vasseur, que partiu para ocupar o mesmo posto na Ferrari. Substituto do francês, Alessandro Alunni Bravi conversou com exclusividade com o GRANDE PRÊMIO em Interlagos e comentou a partida do velho conhecido.

Alunni Bravi, que também é diretor-administrativo da Sauber, destacou a longa parceria que fez com Vasseur, primeiro na ART e depois na Spark Racing Technology, empresa fabricante de chassis fundada pelo francês.

Os dois voltaram a se encontrar na Sauber, e Alessandro reconheceu que a saída de ‘Fred’ deixou certa lacuna. Logo em seguida, porém, esse espaço acabou preenchido por Andreas Seidl, ex-chefe da McLaren.

“Primeiramente, de um ponto de vista pessoal, no início de tudo foi difícil, porque Fred [Vasseur] é Fred”, disse Alunni Bravi ao GP. “Era um mentor, trabalho com ele desde 2010. Antes disso, trabalhei com Nicolas Todt, que também era um dos parceiros da ART Grand Prix. Então, trabalhei com Vasseur para a Spark Technology e depois encontrei ele na Sauber”, destacou.

Alunni Bravi falou sobre a saída de Vasseur para a Ferrari (Foto: Alfa Romeo)

“No início, quando você vê a pessoa todo dia e trabalha com ela por quase seis anos, é uma transição [depois de perdê-la]”, explicou. “É se colocar em uma situação nova. Acho que temos um líder forte no [Andreas] Seidl, que trouxe — assim como Fred — muita experiência e um passado forte”, frisou.

Apesar da saída de um parceiro de longa data, Alunni Bravi destacou que as qualidades de Seidl facilitaram bastante a adaptação à nova realidade. Como a Ferrari, além de fabricante dos motores, é parceira técnica da Alfa Romeo, a relação entre os dois ex-companheiros de time passou por algumas mudanças.

“A relação com o Andreas é ótima, é uma pessoa incrível. Pela qualidade do Andreas, a transição foi fácil para mim. Fred é um amigo e é o chefe da Ferrari, nossa principal parceira técnica. Para mim, é um novo papel”, ressaltou.

No ano que vem, a Alfa Romeo voltará a ser Sauber na F1 (Foto: Alfa Romeo)

Por fim, o dirigente comentou sobre as mudanças na rotina depois de ser nomeado chefe da Alfa Romeo no início da temporada 2023. Diretor da Sauber desde março do ano passado, o italiano já trabalha com a marca desde 2017, mas reconheceu que o cargo atual é o que lhe traz mais visibilidade.

Ainda assim, ressaltou que é “só mais um” entre os empregados da companhia e disse que o fato de manter o cargo de diretor-administrativo faz com que algumas responsabilidades tenham se mantido iguais após a transição.

“Ainda sou diretor da companhia, então, faço minhas funções normais dos últimos anos. Esse papel me dá mais visibilidade, mas sou só uma entre 600 pessoas. Preciso dar minha contribuição como qualquer um. Não há ninguém mais importante que outro no time. O objetivo é ganhar mais respeito trabalhando com as pessoas, e dou meu melhor para representar o time com a FIA, a mídia, os parceiros”, completou.

Com a temporada encerrada, a Fórmula 1 retorna apenas no ano que vem, no dia 2 de março, com a estreia do campeonato no GP do Bahrein.

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