Chefe da Alfa Romeo diz que Andretti precisa “agregar valor” à F1: “Não é fácil entrar”

Chefe da Alfa Romeo, Alessandro Alunni Bravi conversou de forma exclusiva com o GRANDE PRÊMIO e demonstrou resistência sobre a entrada da Andretti no grid da F1. Segundo ele, é necessário mostrar que há investimento para formar uma equipe "sólida"

Depois de ser aprovada no processo de seleção da FIA, a Andretti — que sonha em integrar o grid da Fórmula 1 no futuro e encara forte resistência das equipes — confirmou até a produção de um carro pronto para ser testado no túnel de vento. No entanto, a empreitada comandada por Michael Andretti segue sem convencer as escuderias. Em entrevista exclusiva em Interlagos, o GRANDE PRÊMIO conversou com Alessandro Alunni Bravi, chefe da Alfa Romeo, e o assunto foi um dos tópicos abordados pelo italiano.

Dentre todas as equipes atualmente presentes no grid, a Alfa Romeo se destaca por uma situação especial: a partir do ano que vem, a nomenclatura da tradicional marca italiana deixará o grid após o fim da parceria com a Sauber, enquanto a Audi se prepara para assumir as operações em 2026.

Questionado pelo GRANDE PRÊMIO sobre a possível entrada da Andretti no grid, Bravi admitiu que possui dúvidas sobre a situação. Segundo ele, qualquer marca que queira fazer parte da Fórmula 1 precisa “agregar valor”, e a aprovação da FIA representa apenas uma parte do processo.

“Minha posição é bem clara: qualquer equipe que queira entrar na Fórmula 1 deve agregar valor a toda comunidade, não só a curto, mas a médio e longo prazo”, afirmou Alunni Bravi ao GP. “Contamos com a FIA para avaliar se estes critérios estarão presentes em quaisquer candidatos”, afirmou.

Michael Andretti não tem tido sucesso na tentativa de entrar na F1 (Foto: Divulgação)

“A Andretti passou pela primeira etapa com a FIA, mas, agora, é uma fase muito importante com o comercial”, explicou.

Como exemplo de comparação, Bravi abordou justamente a entrada da Audi na categoria. Para o chefe da Alfa Romeo, ainda que a marca alemã possua extrema relevância no cenário automotivo, houve a necessidade de comprar uma equipe já existente no grid, além da fabricação de sua própria unidade de potência.

“Para mim, não é fácil entrar na F1. Precisamos de equipes sólidas, com um plano para manter este nível de competição, de investimento necessário”, disse. “A Audi é o melhor exemplo disso”, pontuou.

Audi prepara entrada no grid da F1 em 2026, sob um novo regulamento de motores (Foto: Audi)

“É uma das principais marcas de automóveis do mundo e decidiu entrar com um projeto forte, desenvolvendo seu próprio motor, adquirindo uma equipe já existente. Caso contrário, não precisamos de um time novo que preencha o grid com mais dois carros”, finalizou.

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