Chefe atribui sexta-feira difícil da Ferrari na Bélgica a pneus: “Não é nossa posição normal”

Mattia Binotto avisou que o principal problema da Ferrari em uma sexta-feira sofrível na Bélgica se refere ao funcionamento dos pneus na janela correta de temperatura, o que provocou falta de aderência tanto com Charles Leclerc como Sebastian Vettel. O monegasco fechou o segundo treino livre em 15º, enquanto o tetracampeão foi somente o 17º

Nem mesmo o torcedor mais pessimista da Ferrari poderia imaginar uma sexta-feira (28) tão difícil para a escuderia de Maranello na abertura do fim de semana do GP da Bélgica. Seja no primeiro treino livre, seja no segundo, Charles Leclerc e Sebastian Vettel jamais mostraram competitividade. Na segunda sessão, na qual os tempos foram os mais rápidos do dia, o monegasco, que venceu no ano passado, foi apenas o 15º colocado, sendo superado pelas Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi e Kimi Räikkönen. O tetracampeão terminou ainda mais atrás, em 17º, entre as Williams de George Russell e Nicholas Latifi.

Para se ter uma ideia do quanto a Ferrari regrediu em Spa-Francorchamps, o melhor tempo registrado por Leclerc nesta sexta-feira foi cerca de 1s mais lento que a marca estabelecida pelo dono do carro #16 no ano passado.

Mattia Binotto, chefe da escuderia italiana, atribuiu a sexta-feira sofrível da Ferrari em Spa-Francorchamps a problemas no aquecimento dos pneus, descartando problemas de downforce e nem de acerto escolhido pelos pilotos.

MATTIA BINOTTO; FERRARI;
Mattia Binotto eximiu Leclerc e Vettel de culpa sobre os problemas da Ferrari em Spa (Foto: Scuderia Ferrari)

“Não pudemos colocar os pneus na janela correta de temperatura para fazê-los funcionar. Não é questão de downforce e tampouco está ligado aos pilotos. A Ferrari que vimos em Spa não representa nosso verdadeiro potencial”, afirmou o dirigente ítalo-suíço em entrevista veiculada pela versão italiana do site Motorsport.com.

“Não parece uma situação agradável de fora e nem dentro [da equipe]. Tanto no primeiro quanto no segundo treino livre, lutamos para fazer com que os pneus funcionassem, não havia aderência tanto na frenagem quanto na aceleração. Os dois pilotos reclamaram de problemas na aderência, e isso não nos permitiu ter o desempenho geral do carro”, salientou.

Binotto reiterou que não vê o resultado obtido na sexta-feira como reflexo da capacidade do carro. “Acho que, obviamente, esse não é o potencial dos nossos carros. Não é, certamente, a nossa posição normal se compararmos onde estamos na classificação em relação à competitividade dos outros carros”.

“Sabemos que há muito trabalho a ser feito ao longo da noite, precisamos entender o que aconteceu analisando os dados e, acima de tudo, entender por que não estamos colocando os pneus na janela correta de temperatura e ter certeza de que podemos lidar melhor com o restante do fim de semana de corrida”, acrescentou.

“Vimos os mesmos problemas nos dois carros, então podemos descartar problemas relacionados aos pilotos, mas trata-se de encontrar a janela certa de funcionamento dos pneus”, complementou o chefe da Ferrari.

“Acho que, dependendo do nível de downforce escolhido, você pode ir melhor em um determinado setor, mas se você não encontrar as janelas certas para os pneus funcionarem, o fato é que você não vai andar bem em nenhum dos três setores. É nesse ponto que precisamos nos concentrar para o restante do fim de semana”, concluiu.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e em TEMPO REAL todas as atividades do fim de semana do GP da Bélgica de Fórmula 1. Siga tudo aqui.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.