Chefe da Ferrari estranha vazamento de informação sobre sensor extra da FIA no motor: “Questão séria”

A Ferrari permitiu que a FIA instalasse um segundo sensor na unidade de potência, com a intenção de investigar o desempenho da versão atualizada da bateria da Ferrari. A informação se tornou pública, algo que intriga o chefe Maurizio Arrivabene

Para não ficar sob suspeita da FIA [Federação Internacional de Automobilismo], a Ferrari aceitou implantar um sensor extra na unidade de potência – mais especificamente na bateria, redesenhada com o passar do ano. Mas o que era para ser uma informação confidencial veio a público, surpreendendo e incomodando Maurizio Arrivabene, chefe da equipe.
 
Arrivabene destaca que a decisão da FIA de monitorar a performance da bateria, alegadamente com desenho que destoa das rivais do grid, tem como única intenção “facilitar o trabalho” no estudo de possíveis irregularidades no carro – que não foram encontradas. Todos os carros do grid competem com um sensor, enquanto Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen passaram a andar com dois.
 
“O desenho da nossa bateria é complexo”, disse Arrivabene, entrevistado pela TV alemã RTL. “Concordamos com o pedido da FIA de trabalhar juntos para facilitar o trabalho deles e adicionar um segundo sensor, mas isso não muda em nada a performance do nosso carro. Apesar disso, acho estranho que todo mundo saiba sobre esse segundo sensor. Eu disse que o desenho da bateria é complexo, mas ao mesmo tempo é propriedade intelectual da Ferrari”, apontou.
A Ferrari tem um segundo sensor no carro, mas essa informação era para ser segredo (Foto: Ferrari)

“Espero que, da mesma forma que todo mundo sabe sobre o segundo sensor, no futuro ninguém saiba ou seja informado sobre nossos projetos. Isso pode ser uma questão séria”, destacou.

 
Como Arrivabene destaca, o sensor extra não forçou qualquer perda de desempenho relacionado à unidade de potência, o que seria plausível após um GP da Rússia em que a Ferrari se viu de mãos atadas frente ao ritmo superior da Mercedes.
 
“Não [perdemos velocidade nas retas], de jeito nenhum”, frisou. “Temos os dados para confirmar isso. Nas retas estávamos totalmente em vantagem em Singapura e na Rússia estávamos mais ou menos como a Mercedes. Perdemos mesmo foi nas curvas de baixa velocidade”, encerrou.
 
Independente de como o segundo sensor na unidade de potência da Ferrari trabalha, a verdade é que a equipe italiana está em apuros na briga pelo título. Vettel está 50 pontos atrás de Lewis Hamilton no Mundial de Pilotos. No começo das atividades do GP do Japão, Hamilton conseguiu volta 0s8 melhor que a de Vettel, indicando mais uma aparição forte.
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