Chefe da Red Bull diz que Liberty Media “subestimou por completo” missão de administrar F1

A terceira temporada da Fórmula 1 sob tutela do Liberty Media está perto de começar, e com questionamentos mais intensos. Envolvido em questões polêmicas como teto orçamentário, regulamento técnico e negociações de calendário, o grupo enfrenta dificuldades para firmar decisões. Para Christian Horner, chefe da Red Bull, já está claro: a gestão de Chase Carey “subestimou” o trabalho pesado de comandar o campeonato.

 

Para Horner, o melhor exemplo da “inocência” do Liberty Media é a mudança de regulamento em 2019. O dirigente está convencido de que a introdução de asas dianteiras simplificadas vai se mostrar prejudicial.

 

“Acho que eles subestimaram por completo a missão que assumiram”, disse Horner, entrevistado pelo jornal britânico ‘The Guardian’. “Eles ainda vão aceitar que foi um erro acelerar a mudança de asa dianteira para esse ano. Mudar uma asa dianteira e dizer que isso vai melhorar as corridas é uma abordagem inocente e, no fim das contas, cara”, avaliou.

 

Horner também concorda com as críticas de que o Liberty Media erra ao ‘americanizar’ um esporte com alcance global e raízes europeias.

 

“A F1 tem um apelo diferente. Você não pode simplesmente usar uma abordagem americana para algo que está estabelecido há 60 ou 70 anos como um campeonato global. Você pode encher de enfeites e promover um filme o quanto você quiser, mas as pessoas não vão assistir se esse filme não tiver conteúdo ou não for empolgante”, considerou.

 

A temporada 2019 da F1 começa a engatinhar em 18 de fevereiro, data que marca o início da pré-temporada, em Barcelona. O primeiro GP, o da Austrália, fica para 17 de março.