Chefe da Williams fala em avanço em 2024, mas deixa “grandes passos” só para F1 2026
James Vowles acredita que há um potencial inexplorado no carro da Williams para F1 2024, mas reconhece também que a equipe não deve escalar o pelotão nas próximas temporadas
A Williams pretende esperar até a mudança de regulamento em 2026 para dar “grandes passos” na Fórmula 1, de acordo com o chefão James Vowles. Ainda que o futuro pareça promissor para a equipe de Alexander Albon – que conquistou 27 dos 28 pontos somados pelo time em 2023 – e Logan Sargeant, o dirigente inglês garantiu que o trabalho é de longo prazo e que, por isso, não espera que o time consiga escalar tanto a tabela de classificação nos próximos anos.
Após amargar a última colocação no Mundial de Construtores em 2022, a equipe de Grove conseguiu se recuperar de forma surpreendente na última temporada, terminando na sétima posição. Embora Vowles não tenha participado do desenvolvimento inicial do FW45, o trabalho do britânico se concentrou na construção de uma base sólida para 2024. No entanto, o chefe da Williams deixou claro que os planos mais ousados só devem sair do papel no momento em que a F1 mudar as regras.
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“Os grandes passos realmente virão junto com as mudanças no regulamento. A temporada 2026 será a primeira oportunidade para avançarmos adequadamente”, disse o inglês em declaração à revista Autosport.
“Estou feliz com o trabalho que estamos fazendo, mas eu aposto que se você entrevistar todas as pessoas do grid, também vão falar a mesma coisa. Talvez seja possível avançar neste e no próximo ano, mas é só isso”, acrescentou Vowles.
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Em 2023, a equipe britânica fez apenas uma grande atualização no FW45 durante toda a temporada, no GP do Canadá, a sétima etapa do ano. Para 2024, Vowles acredita que a Williams pode adicionar ainda mais downforce ao carro, mas revelou também que esse não é o foco do time no momento.
“O principal foco em que estamos trabalhando é o comportamento e as características do carro”, frisou. “Acho que há um potencial inexplorado nisso, para que possamos seguir em frente. O quanto? É difícil dizer.”
Logo que chegou na Williams, Vowles encontrou uma estrutura inadequada e “atrasada em 20 anos”. O mandatário, no entanto, conseguiu uma grande vitória na temporada passada, quando trabalhou junto com a sua equipe para convencer a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) a reajustar os limites para o investimento de capital para despesas. Com o êxito, as equipes menores do grid tiveram um aumento de mais de US$ 20 milhões (R$ 98,6 milhões na cotação atual) para investirem em infraestrutura.
“Praticamente tudo o que mudamos foi na infraestrutura, mas também na contratação de pessoas. Ainda assim, vai levar muito tempo até que tenhamos o resultado de tudo isso”, salientou Vowles.
O sétimo lugar no Mundial de Construtores em 2023 foi o melhor resultado da Williams na Fórmula 1 desde 2017. No início deste ano, a equipe de Grove anunciou que vai continuar utilizando as unidades de potência da Mercedes até pelo menos 2030, após um novo acordo firmado entre as duas partes. E no dia 05 de fevereiro, o time apresenta o carro para a nova temporada.
*Texto escrito por Vicente Soella

