Chefe da Haas pede foco em ritmo de corrida e elogia carro de 2024: “Mais previsível”

Última colocada no Mundial de Construtores da Fórmula 1 em 2023, a Haas viveu um ano de alguns pontos altos nas classificações, principalmente com Nico Hülkenberg, mas sofreu ao longo de toda a temporada nas corridas e via seus carros constantemente andarem para trás devido ao forte desgaste dos pneus. Segundo o novo chefe, Ayao Komatsu, além de focar no ritmo de corrida durante a pré-temporada, o objetivo da equipe foi dar um monoposto mais consistente para o alemão e Kevin Magnussen em 2024.

“O carro do ano passado era inconsistente, bem desagradável”, disse Komatsu. “Dependendo das condições de pneus, vento e pista, o carro realmente não se comportava de uma maneira previsível. O carro desse ano, entretanto, se comporta de um jeito mais previsível. Ele é consistente”, pontuou.

“Ainda estamos devendo em downforce, especialmente em curvas de alta velocidade, e um pouco de equilíbrio em curvas de média e baixa”, admitiu. “Mas não acho que ele seja um carro desagradável”, afirmou.

Komatsu ressaltou os problemas da equipe em ritmo de corrida no ano passado e garantiu que faz questão de ter um carro que possa ganhar posições no domingo, e não apenas brigar por uma boa colocação na classificação de sábado. Para isso, a Haas tratou as jornadas longas como o grande objetivo da pré-temporada no Bahrein.

“Você precisa decidir qual é o principal problema que você vai focar para resolver”, prosseguiu. “Não faz sentido se classificar em sétimo e andar para trás no domingo. Prefiro me classificar em 14º e ter um carro que possa correr e chegar ao top-10. Esse é nosso objetivo”, explicou.

“Não vou chegar aqui no próximo fim de semana e tentar otimizar o carro para o ritmo de classificação. Isso não vai acontecer”, garantiu.

Com uma abordagem diferente do ano passado, o carro de 2024 corre o risco de entregar menos classificações de destaque à Haas. No entanto, com um ritmo de corrida mais elevado e menos desgaste nos pneus, o VF-24 pode se tornar uma base interessante para a equipe trabalhar visando ao futuro.

“Todos sabem nossos problemas e o quão frustrante isso é”, destacou. “Olhe para Abu Dhabi, a última corrida da temporada, praticamente com o carro que foi lançado. Podíamos largar em oitavo, fantástico, mas todos sabíamos que não conseguiríamos fazer nada no domingo”, lamentou.

“Foi assim que vivemos no ano passado. Neste sentido, não é difícil convencer a todos. Mas, ao mesmo tempo, todos querem descobrir o quão rápido é nosso carro em ritmo de volta única. Mas a mensagem precisava ser clara. Se tinha uma coisa que precisávamos tirar desses testes, era o aprendizado sobre a gestão dos pneus e ritmo de corrida. É o que estamos fazendo, e o resto é apenas barulho”, finalizou o chefe da Haas.

A Fórmula 1 abre a temporada 2024 no próximo fim de semana, entre os dias 29 de fevereiro e 2 de março, com o GP do Bahrein. O GRANDE PRÊMIO transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após cada dia de atividade.

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