Chefe da Haas diz que nenhuma outra equipe da F1 quer Hamilton: “Nada é para sempre”

Guenther Steiner, chefe da Haas, disse duvidar que outras equipes da Fórmula 1 queiram a contratação de Lewis Hamilton, caso heptacampeão mundial decida deixar a Mercedes

A má fase da Mercedes, que se arrasta desde o ano passado, levanta constantes questionamentos sobre a continuidade de Lewis Hamilton na Fórmula 1. Insatisfeito com o estágio atual da equipe na ordem de forças do grid, o britânico já reclamou algumas vezes de não se sentir confortável no W14 e levanta rumores sobre uma possível saída da equipe. Porém, na opinião de Guenther Steiner, chefe da Haas, a única opção para o heptacampeão seria se aposentar, já que outras equipes não teriam interesse em sua contratação.

“Para ser honesto, não sei para onde ele poderia ir além da Mercedes”, disse Steiner ao jornal inglês Daily Mail. “A Red Bull tem Max [Verstappen], ele é o piloto principal, então não sei porque eles o trocariam por Lewis [Hamilton]. Seria divertido vê-lo lá, mas quando você é chefe da equipe ou o dono, você não quer entreter os fãs — você quer se divertir sendo campeão mundial”, destacou.

Steiner reconheceu o passado vitorioso de Hamilton com as Flechas de Prata, mas também destacou que o período de dominância da equipe alemã na Fórmula 1 chegou ao fim. Assim, o italiano disse não enxergar motivos para que os principais times da categoria analisem a contratação do veterano.

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Apesar das dificuldades, Hamilton garantiu o melhor resultado da Mercedes em 2023 com o segundo lugar na Austrália (Foto: Mercedes)

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“Eu não duvido das habilidades de Lewis, mas não vejo nenhuma razão para alguém nos três melhores times estar interessado nele”, admitiu. “Ele não pode vencer sempre, é humano e está em uma competição, a Fórmula 1 não é Fórmula Mercedes. Eles tiveram oito ótimos anos, mas nada é para sempre, como todos sabemos”, frisou.

Por fim, Steiner disse que tanto Mercedes quanto Hamilton precisam se “reagrupar” depois de um ano difícil. A equipe, que dominou o Mundial de Construtores da F1 de 2014 a 2021 e venceu o de Pilotos entre 2014 e 2020, caiu de nível com a mudança de regulamento, no ano passado, e ainda não conseguiu retomar o caminho das vitórias. De lá para cá, triunfou apenas no GP de São Paulo de 2022, com George Russell, quando Verstappen já tinha o título garantido.

“Você precisa se reagrupar e tentar de novo”, afirmou. “Não pode esperar ou querer ser o melhor, você não vai ganhar a nona vez só porque venceu as oito anteriores. É o mesmo no caso de Lewis, ele esteve em um dos melhores carros por oito anos e venceu títulos. Mas você não pode vencer sempre, e até ele perdeu um Mundial para um de seus companheiros de equipe [Rosberg, em 2016]”, finalizou.

A próxima etapa da Fórmula 1 acontece entre os dias 28 e 30 de abril, com o GP do Azerbaijão — que terá cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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