Chefe da Williams diz que “ficou surpreso” com desinteresse de Red Bull e Mercedes em Sainz

James Vowles ficou encantado com o comprometimento demonstrado por Carlos Sainz durante as negociações e classificou o espanhol como "um dos quatro melhores pilotos" do grid atual da Fórmula 1

Futuro chefe de Carlos Sainz na Williams na temporada 2025 da Fórmula 1, James Vowles voltou a rasgar elogios aos espanhol, classificando-o como “um dos quatro melhores pilotos” do grid atual, e ainda questionou os motivos de Red Bull e Mercedes não terem demonstrado interesse em contar com o trabalho do atual companheiro de Charles Leclerc, na Ferrari.

Desde que ficou sabendo, no início de fevereiro, de que Lewis Hamilton desembarcaria em Maranello no próximo ano para ocupar um dos assentos na esquadra mais icônica do automobilismo, Sainz teve tempo de sobra para tomar uma decisão sobre o futuro. Depois de despertar o interesse de equipes como Alpine, Sauber — que vira Audi em 2026 — e da própria Williams, o madrilenho finalmente tomou uma decisão e irá vestir as cores do time de Grove, ocupando a vaga que pertence a Logan Sargeant e formando dupla ao lado de Alexander Albon.

Com as boas performances do #55 no início da temporada, Vowles chegou a acreditar que as equipes de ponta ficariam interessadas em contar com Sainz em 2025, o que não aconteceu. A Mercedes parece estar inclinada a dar uma oportunidade a Andrea Kimi Antonelli, jovem que compete na Fórmula 2 pela Prema, enquanto que a Red Bull, por sua vez, está contando com os talentos da casaLiam Lawson, Yuki Tsunoda, Isack Hadjar e Ayumu Iwasa — caso decida substituir Sergio Pérez em algum momento.

Tal comportamento por parte das rivais deixou o chefe da Williams surpreso. “Claro. Porque o considero um dos quatro melhores pilotos, se não, às vezes, o segundo melhor piloto do grid”, afirmou em entrevista ao portal neerlandês GPblog. “Por qual motivo alguém não gostaria de contar com ele em sua equipe? Na minha maneira de enxergar as coisas, todos no grid estão ficando cada vez mais próximos, portanto, a pequena diferença que um piloto pode fazer é importante. E não estou falando apenas em termos de desempenho”, continuou.

Chefe da Williams destacou o comprometimento de Carlos Sainz (Foto: Ferrari)

“Olhe para todas as equipes por onde ele passou, elas melhoraram significativamente. E entendo o motivo, depois de passar os últimos nove meses conversando com ele, pelo menos semanalmente, se não diariamente, na verdade. Mas o que percebi é que ele é uma máquina de desempenho”, elogiou Vowles, destacando o comprometimento de Sainz.

“Ele fará absolutamente tudo o que estiver ao alcance para transformar não apenas a si mesmo, mas também toda a equipe ao mesmo tempo. Isso vale mais do que o que ele consegue fazer com o carro, vale o fato de fazer a equipe avançar na mesma proporção”, destacou.

Tentando se colocar no lugar de Christian Horner e Toto Wolff, James então analisou as necessidades de cada equipe neste momento e como Sainz se encaixaria em uma delas. Falando sobre os taurinos, o chefe da Williams admitiu que o espanhol seria uma boa escolha para o lugar de Pérez, já que a esquadra dos energéticos corre o sério risco de perder o título do Mundial de Construtores por causa das performances ruins do mexicano.

“Portanto, quando você está na posição da Red Bull, onde o Mundial de Construtores está em risco, eu… quero dizer, é sempre uma decisão difícil, mas, sim, colocaria Carlos ao lado de Max [Verstappen]”, declarou. Sobre as Flechas de Prata, a situação parece ser um pouco mais complexa, pelos menos na opinião do britânico.

Vowles ainda questionou decisão da Mercedes em não contar com Sainz (Foto: Mercedes/Steve Etherington)

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“Se você está na Mercedes, é uma escolha difícil. Mas acho que eles oscilaram entre não serem competitivos — e, neste caso, faz sentido investir no futuro — e serem muito competitivos — o que torna mais difícil decidir se é melhor investir em nomes conhecidos ou desconhecidos”, observou.

“Mas, dito isso, se a Mercedes tomou essa decisão, eles têm muito mais informações do que eu, e é mais do que provável que estejam muito confiantes com a direção que querem tomar. Se será Max ou Kimi, não tenho certeza, mas o que quero dizer é que eles não são tolos”, apontou Vowles, lembrando que Wolff declarou publicamente em diversas oportunidades o desejo de contar com o atual tricampeão.

“Eles tomaram essa decisão com sensibilidade, e se a Red Bull decidiu não contratá-lo, há razões por trás disso que não conheço, porque eles foram campeões múltiplas vezes. Portanto, eles não tomam decisões levianamente. Mas fiquei surpreso”, finalizou o dirigente da Williams.

Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.

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