Claire Williams diz que mundo da F1 a faz se sentir como “uma garotinha” e que missão para 2016 é ser mais corajosa
Chefe-adjunta da Williams, Claire Williams admitiu que às vezes sente como uma menina frente ao ambiente masculinizado da F1 e que agora pretende adotar uma postura mais corajosa na hora de defender suas ideias e os interesses de sua equipe
Redação GP
Claire Williams ainda se sente uma " pequena menina" durante as conversas e negociações com os demais chefes da F1 e estabeleceu uma meta para 2016: ser mais corajosa e lutar mais para defender também os interesses de sua equipe.
A chefe-adjunta da esquadra que leva o nome de seu pai se prepara para encarar a quarta temporada à frente do time de Grove e acha que precisa se impor um pouco mais em um ambiente tão masculino como o do Mundial.
"O nosso esporte é dominado por homens e, às vezes, sou a única garota na sala", afirmou a dirigente em declaração à agência 'AP'. "Sento em uma sala com pessoas como Bernie Ecclestone, o chefe da F1, Jean Todt, o presidente da FIA, Christian Horner (Red Bull) e Toto Wolff (Mercedes). Quer dizer, todos esses grandes nomes do esporte", completou a britânica.
Claire Williams (centro) em meio aos principais chefes da F1 (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
"Às vezes, eu me sinto como uma menina nesse ambiente. Às vezes, eu desejo, quando estou responsável por defender a minha equipe e a posição dela no esporte, ser mais corajosa", admitiu.
Dona de nove títulos de Construtores e sete de Pilotos, a Williams é uma das equipes mais vitoriosas da história da F1 e viveu sua melhor fase nos anos 80 e 90. Porém, desde a década passada, vem atravessando um período sem resultados expressivos, exceto pela vitória de Pastor Maldonado, na Espanha, em 2012.
Ainda assim, o time de Grove conseguiu fechar uma forte parceria com a Mercedes e vem tentando se recuperar desde a temporada passada. O reflexo foi a conquista da terceira colocação no Mundial nos dois últimos anos.
Entretanto, apesar da melhora de rendimento, a Williams, que tem um orçamento em torno de U$ 150 milhões (R$ 600 mi), ainda se sente inferior à Ferrari e à Mercedes. "Eu odeio essa expressão de que somos um azarão – sempre fomos considerados assim. Não acho que você pode dizer que uma equipe que ganhou 16 títulos na F1 seja um azarão."
"Um das minhas missões é tentar eliminar esse estigma, porque acho que é muito desmoralizante para as pessoas que trabalham com a gente. Temos 550 pessoas na fábrica e tenho de tentar inspirá-las, porque só assim poderemos voltar a vencer", acrescentou Claire, dizendo que quer que sua equipe ganha a definição de "vencedora".
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