Claire Williams vê “golpe brilhante” de atual proprietário na contratação de Vowles

Filha de Frank Williams, fundador da equipe de Fórmula 1 que leva seu sobrenome, Claire elogiou o trabalho que vem sendo feito por James Vowles na árdua missão de tornar a tradicional escuderia inglesa em uma potência novamente na categoria. De acordo com a britânica, o atual proprietário do time, o grupo de investimentos Dorilton Capital, deu um “golpe brilhante” quando decidiram tirar o dirigente da Mercedes.

Claire Williams foi vice-diretora da esquadra entre 2013 e 2020, mas acabou saindo de cena quando sua família decidiu vender a empresa sediada em Grove por causa dos enormes problemas financeiros. Sob nova direção, a Williams está investindo na modernização da fábrica e na contratação de profissionais capacitados para liderarem o projeto que deve render bons frutos no futuro. Entre estes está o atual chefe de Alexander Albon e Logan Sargeant, que teve a escolha aprovada pela ex-proprietária.

“Estou muito satisfeita que alguém como James esteja comandando essa equipe”, disse Claire em entrevista ao Blackbook Motorsport. “Poucas pessoas têm a experiência necessária para dirigir uma equipe, muito menos uma que estava em péssimas condições – se é que posso dizer isso, porque era eu quem estava comandando”, elogiou.

No comando da Williams desde o início do ano passado, Vowles foi o responsável por levar a equipe à sétima posição do Mundial de Construtores, o melhor resultado desde o quinto lugar conquistado em 2017. Embora a temporada 2024 não tenha começado da maneira como o dirigente esperava, com nenhum ponto somado após as três primeiras etapas, Claire não tem dúvidas de que James é a pessoa certa para a função.

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“Os novos proprietários, o grupo Dorilton, deram um golpe brilhante quando conseguiram contratá-lo da Mercedes. Sou muito territorial em relação à Williams e a quem a dirige e quem a representa, mesmo que não seja mais nossa”, destacou a britânica.

Longe da classe rainha desde que deixou a Williams, Claire admitiu que sente saudades de todo o ambiente da categoria, mas que não pensa em voltar no momento, já que a prioridade é cuidar da família e estar presente durante a fase de crescimento de seu filho.

“45 anos na F1 é muito tempo e molda a sua vida, define o seu caráter e quem você é. Vivi e respirei Williams durante toda a minha existência, então quatro anos fora do esporte ainda parece bastante surreal, para ser honesta, e triste”, lamentou.

“Tenho saudade. Sinto falta. É um mundo incrível de se fazer parte e exige muito, principalmente quando você dirige uma equipe. É muito difícil sair e encontrar significado e propósito em outro lugar, mas tenho um filho, e perdi alguns anos de sua fase de crescimento porque estava ocupada comandando a Williams”, concluiu Claire.

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