Herta celebra “grande oportunidade” após teste com carro de F1 da McLaren em Portimão

Colton Herta testou nesta segunda e terça-feira (11 e 12) o MCL35M, carro da McLaren para a temporada de 2021 da Fórmula 1 em Portimão. Depois de ser anunciado como piloto de testes e desenvolvimento da equipe britânica, este foi seu primeiro contato com um carro da categoria, uma oportunidade que o americano valorizou bastante.

“Foi muito divertido. Foram dois ótimos dias para me acostumar com o carro, que obviamente é bem diferente do que estou acostumado. O estilo de pilotagem é um pouco diferente, mas os engenheiros me ajudaram bastante a me adaptar. E que carro para pilotar, é realmente especial. É uma grande oportunidade para mim”, comemorou Colton em entrevista ao site Racer.

Aos 22 anos, Herta já está atualmente em seu quarto ano na Indy, o terceiro com a Andretti. Acostumado com o carro da categoria americana, ele precisou de tempo para se adaptar ao bólido da Fórmula 1 em Portugal. Entre as principais diferenças notadas pelo jovem piloto de testes da McLaren em relação à Indy estão a aceleração, a frenagem e o volante mais suave.

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“Acho que a primeira coisa foi o torque logo no limitador de velocidade na saída do pit lane, que é incrível. Mesmo quando você está em uma toação tão baixa. Essas foram as maiores coisa para mim: a velocidade em linha reta, a aceleração e a frenagem. Obviamente, as velocidades nas curvas eram mais altas do que em um carro da Indy, mas não me chamou a atenção tanto quanto a aceleração e o quão fácil era com todo o downforce”, explicou o americano.

“É uma sensação completamente diferente. Obviamente, a sensação que você tem em um carro da Indy é bem diferente por conta da falta de direção hidráulica. Então o tranco e a suavidade do volante não transcrevem realmente o que você obtém de um carro desses. Então isso foi algo que precisei me acostumar. Desacelerar as mãos. Obviamente, a velocidade é muito maior nas pistas, mas, no geral, foi bom ter uma sensação e um gostinho do que essas máquinas podem fazer”, afirmou Herta.

O americano contou que foi difícil não acelerar ao máximo logo de cara, mas que as coisas foram ficando mais fáceis ao longo dos dois dias. Colton chegou a fazer mudanças no acerto do carro para deixá-lo ao seu gosto. As várias possibilidades de acerto do bólido da Fórmula 1 também o surpreenderam, e Herta se espantou com a facilidade que podia mudar o comportamento do MCL35M de dentro do cockpit.

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“Nós somos capazes de testar muitas coisas diferentes, muitas mudanças de acerto diferentes, mecanicamente, aerodinamicamente com o carro. E também dentro do próprio carro, com todas as ferramentas. Foi muito legal ver as mudanças de acerto que você pode fazer no carro dentro dele, que é bem mais do que conseguimos fazer na Indy”, analisou o piloto da Andretti na Indy.

“Foi incrível. Se você tiver um problema em uma curva, pode ajustar com um movimento de dedo. Eu realmente me senti muito confortável e pude sentir o limite, talvez não a consistência. Isso virá depois de mais alguns dias [de testes], mas senti que estava próximo”, concluiu Herta.

A Fórmula 1 estabeleceu uma regra em 2022 em que as equipes são obrigadas a usar pilotos novatos em pelo menos duas sessões de treinos livres. A depender de seu desempenho em Portimão, Herta pode aparecer no carro da McLaren em um fim de semana da Fórmula 1 neste ano. A categoria retorna no dia 24 de julho, para o GP da França, no circuito de Paul Ricard. Já Colton volta às pistas neste domingo (17), para o GP de Toronto da Indy.

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