Hill manifesta apoio após saída de Masi da Fórmula 1: “Sinto pena do cara”

Campeão Mundial em 1996 afirmou que estrutura e pressão dos chefes de equipe e da mídia causaram as decisões controversas do ex-diretor de provas

COMO O NÚMERO #1 PASSOU A SER USADO PELOS CAMPEÕES DA FÓRMULA 1?

A temporada 2022 da Fórmula 1 está a menos de duas semanas do início, mas as polêmicas envolvendo Michael Masi, ex-diretor de provas da categoria, continuam em pauta no paddock. Desta vez, foi Damon Hill, Campeão Mundial em 1996, que manifestou apoio ao ex-comissário e revelou que sente pena do australiano.

O ano de 2021 está marcado na história da F1. A intensa disputa pelo título entre Max Verstappen e Lewis Hamilton, que foi definida a favor do holandês nos metros finais do GP de Abu Dhabi, despertou o interesse dos fãs e personagens históricos da categoria máxima do automobilismo.

Entre eles está Hill, Campeão Mundial de 1996. O ex-piloto de 61 anos ficou encantado com a competitividade de Verstappen e Hamilton durante toda a temporada, mas também exaltou a performance dos demais pilotos que compõem o grid. “Verstappen e Hamilton fizeram um show fantástico para nós no ano passado, e todos os outros correram muito duro”, afirmou. “Tivemos ótimas corridas. É uma pena que tenha ficado confuso no final”, acrescentou.

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E essa confusão destacada pelo britânico foi causada pelas decisões polêmicas da direção de prova da F1, liderada pelo então diretor. Os vereditos conduzidos pelo ex-comissário durante toda a temporada, com destaque para o polêmico episódio do safety-car na prova final em Abu Dhabi, fizeram a FIA optar pela não continuidade de Masi no cargo para 2022.

Michael Masi perdeu o emprego como diretor de provas da F1 (Foto: Reprodução/F1)

Apesar de não achar correta a forma como foram conduzidas as voltas finais em Yas Marina, Hill manifestou apoio e revelou que sente pena do ex-diretor de provas. “Sinto pena do cara. Tivemos pilotos dizendo que ele fez um bom trabalho em circunstâncias difíceis”, salientou o ex-piloto da Williams entre 1993 e 1996, em entrevista ao podcast da F1, Beyond the Grid.

O inglês também questionou se Masi não foi sacrificado pela entidade máxima que controla a categoria e definiu que as decisões controversas aconteceram devido à estrutura de trabalho e também a pressão imposta pelos chefes de equipe e a imprensa. “Pessoalmente, acho que a situação e a estrutura do seu trabalho e a maneira como ele deveria operar era o problema”, indicou.

“Não estou dizendo que foi certo o que aconteceu, mas acho que pudemos ver claramente durante a temporada, que houve confusão na tomada de decisões e pressão de alguns dos chefes da equipe”, prosseguiu.

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Em busca de tomadas de decisões mais consistentes no futuro, a FIA anunciou as chegadas dos novos diretores de provas Eduardo Freitas e Niels Wittich, que terão a assistência do veterano Herbie Blash.

Além da saída de Masi, a FIA divulgou a criação de um ‘VAR’ (Video Assistant Referee, ou Árbitro Assistente de Vídeo, em tradução literal), tal como no futebol. A assistência por vídeo será posicionada em um escritório da federação fora dos circuitos e em conexão em tempo real com diretor de prova, ajudará a aplicar o regulamento usando ferramentas tecnológicas.

Também foi confirmado que a comunicação entre equipes e diretor de prova durante a corrida, que inclusive virou recurso televisivo em 2021, será removida para proteger o novo diretor de pressões externas na hora das decisões. Chefes poderão apenas realizar perguntas não intrusivas de acordo com um protocolo.

Para finalizar o pacote de medidas, a entidade atualizou o regulamento para agilizar relargadas após safety-car. Os carros receberão a ordem de retorno aos boxes assim que os pilotos receberem a mensagem de que retardatários podem ultrapassar o líder.

Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, anunciou mudanças na F1 (Foto: Reprodução/FIA)

Questionado sobre o conjunto de mudanças, Hill não tem certeza se a saída de Masi era necessária. “Se eles consertarem isso, não tenho certeza se precisavam se livrar de Michael. Mas também podemos dizer que, por causa do papel dele no assunto, seria controverso mantê-lo”, concluiu.

Com novo pacote de medidas, a temporada 2022 da F1 tem início no próximo dia 20, com o GP do Bahrein. Mas antes os carros vão à pista do Circuito de Sakhir a partir desta quinta-feira (10), para o início da segunda sessão de testes de pré-temporada da categoria.

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