Ricciardo diz que “não quer impedir” pilotos jovens, mas “vai dar tudo” por vaga na RB

Aos 35 anos de idade, Daniel Ricciardo sente que estar na RB é a “última chance” dele na F1, mas ainda não acabou

Quarto piloto mais velho do grid atual da Fórmula 1, perdendo apenas para Nico Hülkenberg, Lewis Hamilton e Fernando Alonso, Daniel Ricciardo está acostumado a lidar com as críticas de que deveria dar vez aos mais jovens, como Liam Lawson. O australiano, no entanto, acredita que está na RB por merecimento, portanto a transição será natural “quando os resultados forem ruins”.

Ricciardo se viu em uma grande novela envolvendo as duas equipes da Red Bull. No entanto, mesmo com Sergio Pérez pressionado no time principal, Liam Lawson correndo por fora e Yuki Tsunoda desempenhando bem na equipe de Faenza, os taurinos bateram o martelo e decidiram que nenhuma mudança vai ocorrer, conforme informou a revista inglesa Autosport.

Isso significa que o experiente australiano mantém o assento na equipe irmã da marca de bebidas energéticas, costumeiramente ocupado por pilotos mais inexperientes. Mesmo assim, o oito vezes vencedor de GP não acha que está preenchendo uma vaga que não lhe pertence.

“Eu também sei o que é ser um júnior, um garoto que quer a chance de entrar no esporte. Já estive lá e não parece ser assim há muito tempo. E olha, eu também respeito isso. Então, no dia em que sentir que estou ocupando um lugar que não posso ocupar, não vou me sentir confortável comigo mesmo, não vou querer estar aqui”, comentou. 

Ricciardo entende que RB deixou de ser apenas equipe de acesso para a Red Bull (Foto: Red Bull Content Pool)

Ricciardo, que recentemente destacou que não vê mais a RB como um time júnior, disse que não sente que está tirando a oportunidade de algum novato na F1 e afirmou que não gostaria de fazer isso, caso acontecesse. 

“Não quero impedir que alguém tenha uma chance. Respeito muito a jornada, mas, da mesma forma, não sinto que estou nesse lugar. E no dia em que o fizer, provavelmente falarei abertamente sobre isso. Estão falando há um ano como se esta fosse minha última chance, então é assim que vejo as coisas, vou dar tudo que tenho. Os novatos terão chance e tempo, mas não me sinto pronto para entregar isso a eles”, continuou. 

Ricciardo no momento está na 13ª posição do Mundial de Pilotos, com 12 pontos somados, dez a menos que Tsunoda, que figura na 12ª colocação. Ainda assim, o australiano vive um momento de alta na temporada depois de começar o ano significativamente atrás do companheiro de equipe. 

Dos últimos seis GPs, Ricciardo só não ficou à frente de Tsunoda em duas ocasiões. Com isso, o piloto do #3 destacou que os resultados ainda não são ruins para que o lugar dele na F1 seja colocado em cheque. 

“Se meus resultados forem ruins, que assim seja, e vai acontecer, mas pessoalmente não sinto que cheguei lá ainda. Acho que também sou muito honesto comigo mesmo, eu me sentiria desconfortável ocupando um lugar se realmente não sentisse mais que meu coração estava nisso. Sim, não me sentiria bem com isso, então, eles terão essa chance, mas ainda não”, concluiu. 

Após o recesso de verão, a Fórmula 1 volta entre os dias 23 e 25 de agosto para o GP dos Países Baixos, em Zandvoort

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