Declaração da família marca despedida de Bianchi: “Sua coragem, força e dignidade vão sempre estar gravados em nós”

Enquanto um grande número de pilotos foram prestar homenagens a Jules Bianchi no funeral do piloto, em Nice, na França, é importante lembrar da família. E os Bianchi fizeram uma linda declaração de amor a Jules durante a cerimônia na Catedral de Sainte-Réparate

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A F1 se despede de um de seus jovens talentos nesta terça-feira (21). Jules Bianchi era um dos pilotos mais queridos do paddock, ainda jovem, com altas aspirações, então é normal que o mundo do automobilismo se sinta fragilizado. Assim como os companheiros e amigos, pilotos, demonstraram indo aos montes a Nice, onde aconteceu o funeral de Jules. Mas mais do que o esporte, perde uma família inteira. Os Bianchi deram um depoimento tão bonito quanto triste por conta da situação na Catedral de Sainte-Réparate.
 
Durante a cerimônia, o momento em que a família Bianchi foi dizer suas últimas palavras na despedida final a seu filho, neto, irmão produziu uma linda declaração de amor a Jules. 
 
"Nós vamos ser fortes por você até o fim. Sua coragem, força e dignidade vão sempre estar gravados em nós. Qualquer coisa que acontecer, tristes ou amedrontados, sabemos que você vai estar lá. Suas crianças, como você dizia, você sabe como protegê-los. Sua falta será uma provação dolorosa. Mas saiba que nós vamos amar você para sempre", disseram.
 
Jules morreu na noite da última sexta-feira, após nove meses em coma.
Sebastian Vettel abraça pai de Jules Bianchi, Phillipe, durante funeral do filho em Nice (Foto: AP)

O acidente que vitimou Bianchi

Na volta 43 do GP do Japão do ano passado, Bianchi perdeu o controle na curva 7 e acertou em cheio o guindaste que tinha entrado na área de escape para remover o carro de Adrian Sutil, que tinha batido no giro anterior. Socorrido ainda na pista, Jules foi levado ao hospital e submetido a uma cirurgia de cerca de 4 horas. Um boletim médico divulgado pela Marussia dois dias depois da batida informou que o piloto de 25 anos sofreu uma lesão axonal difusa, que é uma lesão ampla e devastadora e que, em mais de 90% dos casos, deixa suas vítimas em coma definitivo.

 
Sete semanas após o acidente, Jules foi transferido para um hospital em Nice, na França, onde permaneceu inconsciente até o fim.
 
Após o acidente de Bianchi, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) reuniu uma comissão de notáveis para investigar o que aconteceu em Suzuka. Após o estudo, os especialistas concluíram que o piloto falhou ao não reduzir o suficiente a velocidade ao contornar a curva 7 e minimizaram a presença de um trator na área de escape sem que o carro de segurança fosse acionado.
 
O grupo, presidido por Peter Wright e que contava com mais nove pessoas, dentre elas o bicampeão Emerson Fittipaldi e os ex-dirigentes da Ferrari Ross Brawn e Stefano Domenicali, constatou que se Bianchi tivesse tirado o pé, não teria perdido o controle do carro. Também foi apontada uma falha nos sistemas de segurança da Marussia, embora ela não tenha sido determinante para o que ocorreu.
 
Como homenagem, a FIA decidiu aposentar o #17, o primeiro número a ser proibido no Mundial, que adotou numeração fixa para os pilotos no ano passado. Nem mesmo o #13, que é considerado um número de azar e foi banido de algumas competições meramente pelo fator de superstição, está barrado na F1 e é usado por Pastor Maldonado.
A medida adotada pela FIA não é incomum no esporte a motor. No Mundial de Motovelocidade, por exemplo, a FIM (Federação Internacional de Motociclismo) aposentou o #58 de Marco Simonecelli da MotoGP, como já tinha feito com o #74 de Daijiro Kato e o #48 de Shoya Tomizawa.
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