Direção da Red Bull dá ultimato por custos e avalia venda da AlphaTauri
Alta cúpula da Red Bull coloca mudança da sede para a Inglaterra como uma das medidas para reduzir os custos a médio prazo. Mas caso medida não seja eficiente, três nomes já são ventilados para adquirir as operações da equipe de Faenza
Uma reestruturação na alta cúpula da Red Bull, que aconteceu após a morte de Dietrich Mateschitz, em outubro do ano passado, pode ter deixado a AlphaTauri com os dias contados na Fórmula 1. Isso porque Oliver Mintzlaff, que foi remanejado para os projetos de equipes da categoria, acredita que os gastos com o time satélite estão se tornando insustentáveis.
De acordo com o portal alemão Auto Motor und Sport, a escuderia liderada por Franz Tost vai precisar passar por um reestruturação para se tornar mais viável do ponto de vista financeiro. No ano passado, o time foi apenas o nono colocado entre os construtores, o que resultou em uma fatia muito menor dos lucros distribuídos pela F1. Estima-se que a Red Bull recebeu cerca de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 519 milhões na cotação do dia) a mais do que a irmã menor por ter vencido o campeonato.

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Além disso, a esquadra italiana tem um orçamento baixo, que precisa ser “complementado” para atingir o teto de gastos da F1. A Red Bull, por sua vez, tem uma receita consideravelmente maior que o teto, o que faz com que as contas fiquem no azul ao fim de uma temporada.
Ademais, a equipe B tem sede em Faenza, na Itália, e o setor de aerodinâmica fica em Bicester, na Inglaterra. Somado a isso, estaria a falta de sinergia com a Red Bull, que, na visão de Mintzlaff, poderia ser explorado de maneira mais eficiente. A cereja do bolo são algumas filiais da linha de moda da AlphaTauri que estão prestes a fechar.
Por isso, estipula-se dois caminhos para a AlphaTauri. A primeira opção é se mudar para a Inglaterra para ficar mais próxima à irmã maior, o que reduziria gastos a médio prazo. A outra saída é vender toda a operação do time de corrida – que já possui alguns pretendentes. Ainda segundo as informações da publicação alemã, o que circula da rádio paddock é que Andretti, Hitech e Mumbai Racing estão no páreo para a aquisição das operações.
A favorita para a compra, no entanto, seria a Hitech, que já possui alguns acordos com a Red Bull nas categorias de acesso à Fórmula 1. Na temporada 2022 da Fórmula 2, por exemplo, a equipe britânica contou com a dupla de pilotos Liam Lawson e Jüri Vips, e na Fórmula 3 com Isack Hadjar – todos pertencentes à academia de jovens pilotos dos austríacos. Para 2023, Hadjar continua com a Hitech, mas agora na F2.

