Diretor da Mercedes vê limite em regulamento e crê: é possível derrotar Red Bull em 2024
Diretor-técnico da Mercedes, James Allison acredita que há um limite de desempenho no regulamento atual da F1 e que isso vai permitir uma maior aproximação das equipes, tornando o grid mais equilibrado em 2024
A temporada 2023 da Fórmula 1 ficou marcada pelo esmagador domínio da Red Bull ao longo de todo o ano. A equipe austríaca venceu nada menos que 21 das 22 corridas que foram disputadas, deixando de subir ao degrau mais alto do pódio apenas no GP de Singapura, vencido por Carlos Sainz, da Ferrari. Embora os taurinos sejam novamente os grandes favoritos a conquistar o título em 2024, James Allison, diretor-técnico da Mercedes, acredita que há um limite de desempenho possível dentro do atual regulamento e que, por isso, a vantagem dos atuais campeões em relação às adversárias deve diminuir nesta temporada. Como resultado, engenheiro crê: é possível derrotar a equipe de Max Verstappen.
Três dias após confirmar a permanência de Toto Wolff como chefe da equipe até pelo menos 2026, a Mercedes anunciou nesta quarta-feira (18) a renovação do compromisso de Allison em um acordo plurianual. O britânico defende as Flechas de Prata desde 2017 e retornou ao atual cargo no ano passado como parte de uma reestruturação promovida pela base em Brackley, com o objetivo de desenvolver um carro que seja capaz de competir com a Red Bull.
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“Acho que Toto [Wolff] fez uma boa comparação entre escalar o Everest e o desafio que temos pela frente”, lembrou James. “Isso é algo bastante adequado, porque o Everest é o mais severo dos desafios e, mesmo assim, é algo que é possível fazer.”
“É como encaramos tudo isso, algo em que somos absolutamente os desafiantes e não os favoritos. Mesmo assim, esperamos ter feito um bom trabalho com o novo carro – esperamos ter resolvido algumas das deficiências que foram tão publicamente expostas no ano passado”, acrescentou o diretor.

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De acordo com Allison, existe um limite de desempenho possível de ser alcançado pelas equipes dentro do atual regulamento. O britânico acredita que a Red Bull já esteja próxima desse limite, enquanto os demais ainda estão descobrindo maneiras de extrair mais desempenho de seus respectivos carros. Como consequência disso, o diretor-técnico da Mercedes prevê um grid mais próximo em 2024, com as adversárias sendo capazes de competir contra os austríacos e, até mesmo, derrotá-los.
“Se você olhar para o ano passado, do início ao final da temporada — embora o domínio da Red Bull tenha sido absoluto e eles não se mostraram vulneráveis nem mesmo na última corrida do ano —, vai ver que o quadro geral é de um grid que está se aproximando gradualmente. Todos os carros no Q1 estavam separados por apenas um segundo de diferença”, alertou.
“E isso não é coincidência. É uma tendência que acontece desde 2022, continua em 2023, e penso que vai seguir em 2024. Acho, portanto, que além de um bom trabalho, meu palpite é que desta vez teremos uma parte de cima do grid mais movimentada.”
“Se formos bons o suficiente para estar nessa luta, então as questões operacionais — a excelência do piloto, a confiabilidade do carro, a habilidade dos mecânicos —, todas essas coisas começam a se tornar potencialmente fatores que vão fazer a diferença”, completou Allison.
Por fim, o engenheiro inglês falou sobre o momento de derrota da Mercedes e admitiu que apreciou a fase de azarão. “Na verdade, é muito divertido! Não tanto quanto vencer, isso é definitivamente verdade. Mas você tem de amar todo o esporte, e isso envolve levar uma surra quando você não fez um trabalho bom o suficiente.”
A Mercedes marcou para o dia 14 de fevereiro a apresentação do carro da temporada 2024 da F1.

