Diretor da Williams diz que cargo não esteve em risco e descarta resposta simples para motivo do atraso do FW42

Paddy Lowe, diretor-técnico da Williams e principal responsável pela concepção do FW42, garantiu que jamais teve o cargo em risco por conta do atraso do projeto do carro neste ano. Mas afirmou que as razões para o revés não têm uma resposta simples

Diretor-técnico da Williams, Paddy Lowe assegurou que sua posição de liderança na equipe inglesa jamais esteve em risco. O trabalho do engenheiro foi questionado por conta do atraso do projeto do carro 2019 da esquadra de Grove. O FW42 demorou mais do que o esperado para ficar pronto e só foi à pista no terceiro dia de testes da pré-temporada da F1, em Barcelona. As dúvidas também surgiram porque a esquadra de Frank Williams vem de um ano complicado e pouco competitivo em 2018, além da perda de grande parte do aporte financeiro. 
 
Questionado durante as atividades no circuito da Catalunha se os rumores na imprensa o preocuparam, o britânico respondeu: “Não, eu não presto muito atenção a esse tipo de coisa na mídia. Eu estou trabalhando muito forte, isso é algo horrível de se fazer.”
 
“Nós estamos trabalhando muito bem como equipe e em todos os níveis enquanto empresa. Posso dizer que não tenho e não tive qualquer preocupação neste sentido”, disse o engenheiro à imprensa, incluindo o GRANDE PRÊMIO, nesta quinta-feira (28).
Paddy Lowe (Foto: Reprodução)

No entanto, o dirigente seguiu o discurso de Claire Williams, a chefe-adjunta da equipe britânica, e também se recusou a comentar as razões para o revés sofrido logo no início do ano. Paddy apenas disse que “o que aconteceu vai tomar muito tempo em investigação e análises” dentro das garagens."

 
“Não teremos uma resposta simples para o que aconteceu. Não é uma simples questão de dizer que houve isso e que aquilo lá deu errado. No geral, as coisas que nos pegaram neste ano têm a ver com a quantidade e a complexidade das partes todas que temos de produzir na fábrica nos dias de hoje. Esses carros são os mais complexos da história da F1”, contou.
 
"Nós não tínhamos todas as partes que precisávamos para colocar o carro na pista no primeiro dia. Tenho certeza de que isso foi um forte fator que estimamos de forma errada."
 
Lowe também descartou qualquer ação dentro da Williams para revisar o quadro de engenheiros por conta do atraso do projeto deste ano. “Seria errado concluir algo e simplesmente culpar uma única pessoa, especialmente diante de uma situação incrivelmente complicada”, afirmou.
 
“O que eu observei durante todos esses anos de F1 é que é um hábito tentar mudar as pessoas quando as coisas dão errado. E o que eu também percebi é que as grandes equipes fazem exatamente o oposto disso. Toda a dificuldade é uma oportunidade de aprender. Não só não repetir os erros, como também voltar ainda mais forte na próxima chance”, completou Paddy. 
 
Apesar do revés, o time inglês vem conseguindo cumprir o programa técnico nestes dias na Catalunha, além de somar enorme quilometragem nesta segunda semana na Espanha. Até aqui, George Russell e Robert Kubica andaram por 389 voltas ou 1.810 km. 

GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ a pré-temporada da F1 em Barcelona com os repórteres Evelyn Guimarães, Vitor Fazio,  Eric Calduch e o fotógrafo Xavi Bonilla. Acompanhe tudo aqui.

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