Diretor diz que Mercedes está mais tranquila em 2015 porque “se acostumou a lutar por vitórias e títulos”

Toto Wolff atribuiu a atmosfera mais tranquila que reina hoje na Mercedes ao fato de que o time já se acostumou a ser protagonista da F1. Questionado sobre as críticas que o time sofre pelo domínio imposto na categoria, o dirigente dá de ombros: “É normal e já esperado”

A paz reina na Mercedes. A atual temporada tem sido muito mais tranquila para a equipe prateada em relação a 2014, quando o time lidou com muita tensão entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Em 2015, a única ocasião em que houve uma fagulha de incêndio foi no GP da China, quando o alemão reclamou que Lewis retardou de propósito seu ritmo e o prejudicou na parte final da corrida. Mesmo depois do erro clamoroso cometido pela Mercedes no desfecho do GP de Mônaco, o relacionamento entre Rosberg e Hamilton parece ser de absoluta tranquilidade.

E essa atmosfera mais leve no time anglo-alemão se justifica exatamente pelo fato de que a equipe se acostumou a vencer na F1. Assim, consegue lidar de forma mais positiva frente às adversidades e ao confronto na pista entre seus pilotos. É o que diz Toto Wolff, diretor-esportivo da Mercedes.

A paz reina na Mercedes porque, segundo Wolff, o time se acostumou a lutar por vitórias e títulos na F1 (Foto: Beto Issa)

“Estamos trabalhando com cada um deles por mais um ano. E nós já vivemos a experiência de ter um carro bom e competitivo o bastante para vencer corridas e títulos. Nos adaptamos para um e para outro, e os pilotos estão acostumados um ao outro em uma situação competitiva, então você aprende com isso”, comentou o dirigente austríaco em entrevista à revista britânica ‘Autosport’.

“Há também muita comunicação dentro da equipe, e temos uma cultura de explorar impiedosamente nossas fraquezas e erros sem culpar ninguém e sem apontar o dedo para o outro”, explicou. “O trabalho em conjunto, combinando com o título, nos deu tranquilidade, foco, conhecimento sobre nossos pontos fortes e sabendo que não ficaremos sem pontos fracos, de modo que continuamente trabalhamos em cima disso”, afirmou Wolff.

Toto também garantiu que mesmo com o domínio apresentado pela Mercedes, não há espaço para comodismo, muito pelo contrário. “Não perdemos nossa gana e nossa competitividade. Vencemos o título no ano passado e estamos ansiosos para repetir isso novamente, já que nossa abordagem e nossa mentalidade não mudaram muito.”

Questionado sobre como encara as críticas dos fãs da F1 pelo domínio que a Mercedes vem impondo à categoria desde o ano passado, o dirigente relativiza. “Às vezes isso faz você pensar, mas é algo normal e já esperado. Vimos no passado, quando as equipes venceram de forma dominante e, em seguida, elas foram criticadas.”

Wolff citou o GP da Hungria de 2001, quando Michael Schumacher venceu por antecipação o título mundial, chegando ao tetracampeonato e, de quebra, igualou a histórica marca de 51 vitórias de Alain Prost, que naquele momento era o maior vencedor da história da F1. “Mas tudo isso precisa ser colocado em contexto porque alguém me lembrou recentemente que quando Michael corria pela Ferrari, ele foi e ganhou na Hungria, então isso sim é domínio.”

“Mas não há problema nas pessoas falarem e criticarem. Temos só de seguir com nosso trabalho e fazer nosso melhor na pista”, finalizou.

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