Diretor da F1 crê no fracasso da Mercedes em protesto contra asa flexível da Red Bull

Ross Brawn, diretor-técnico da F1, disse que não espera que os comissários atuem diferente da FIA em caso de protesto contra asas flexíveis

Verstappen assume liderança da F1 após vitória: assista aos melhores momentos do GP de Mônaco (GRANDE PRÊMIO com Reuters)

Além do confronto formado nas pistas, Mercedes e Red Bull vivem um enfrentamento de departamentos técnicos. A equipe alemã está inconformada com as asas flexíveis da rival austríaca e ameaça protesto formal antes do GP do Azerbaijão. O diretor-técnico da Fórmula 1, Ross Brawn, entretanto, acredita que a reclamação formal da Mercedes, caso seja confirmada, vai terminar em água.

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Após as reclamações iniciais da Mercedes, a FIA anunciou uma diretiva-técnica sobre o arroxo das regras para as asas, mas só em 15 de junho. O que significa que a asa atual segue válida para a corrida do próximo dia 6, em Baku. Frustrada, a Mercedes pensa em protestar. Brawn crê que os comissários não vão discordar da FIA.

“Não acho teria sucesso. A FIA tem sido bem consistente com a abordagem dela: eu ficaria surpreso se os comissários fossem contra a opinião da FIA. Acredito que é a versão #27 de asas flexíveis [na história da F1]. Em 40 anos de automobilismo, passei por isso muitas vezes”, afirmou à ESPN da Inglaterra.

Max Verstappen venceu com as asas da discórdia em Mônaco (Foto: Red Bull Pool Content/Getty Images)

Diretor-técnico da Benetton nas glórias dos anos 1990, recordou um momento próprio sobre este tipo de polêmica. “Lembro de Patrick Head [diretor da Williams] pulando em nossa asa dianteira no Parque Fechado, porque considerou que não era presa o bastante. Queria mostrar para Charlie [Whiting, diretor-técnico da FIA] que era móvel, então ele realmente subiu nela e começou a pular para mostrar como era flexível”, recordou.

“Tem uma sequência de testes da FIA, e essa é a única forma de determinar os limites do que você pode fazer. Se você passar dos testes e alguns rivais não gostarem, a FIA pode avaliar e dizer ‘é justo’ e dificultar os testes e fazer testes diferentes. Honestamente, não creio que há qualquer motivo para seguir uma rota diferente dessa para resolver o problema, porque não dá para quantificar flexibilidade. O que uma pessoa vê como flexível demais, outra enxerga como OK. Por isso é que existem os testes”, seguiu.

“Se você adicionar um mecanismo qualquer ou alguma outra traquitana, concordo que não é correto. Mas dentro do compliance normal da estrutura de uma asa, não vejo problema”, finalizou.

Na Red Bull, o consultor Helmut Marko acredita que a Mercedes não fará o protesto. O motivo? Será “um escândalo” na Fórmula 1, visto que também afetaria ao menos mais três equipes: Ferrari, Alpine e Alfa Romeo.

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