Dona da Mercedes confirma interesse de saída da Fórmula 1 depois da temporada 2021

Relatório interno da Daimler aponta que o plano é vender as ações, embora a equipe em si se mantenha na categoria

🇪🇸 Leia esta notícia em espanhol no GRAN PREMIO.

A análise dos treinos livres da F1 em Mônaco: ASSISTA AQUI

A Daimler, companhia que é proprietária da Mercedes, revelou em um relatório financeiro interno que vai vender sua parte acionária da equipe e, na prática, preparar o terreno para sair da Fórmula 1. O relatório veio à tona nesta quarta-feira (19) e, de cara, coloca em dúvida como será a continuidade da equipe que domina a categoria desde a temporada 2014.

“Nós assumimos o compromisso de sair no primeiro semestre de 2021 e, após isso, esperamos que a Daimler não terá mais o controle da equipe da Fórmula 1”, dizia um trecho do informe.

A Mercedes fez história na Fórmula 1, mas agora lida com futuro incerto (Foto: AFP)

No fim do ano passado, a Daimler repartiu o controle acionário da equipe, dividindo-o igualitariamente em três partes de 33,3% cada uma. Além da companhia, o chefe Toto Wolff e a patrocinadora Ineos, petroquímica inglesa, participam desta composição.

Não se espera, no entanto, que a Daimler venda toda sua parte acionária, restando à empresa alguma divisão significativa. O mesmo não se pode entender com relação ao nome da equipe, já que a Mercedes em si não será mais a marca dominante. Os acordos para fornecimento de motores a McLaren, Aston Martin e Williams não sofrerão qualquer mudança por conta da decisão da Daimler.

Dias atrás, a Red Bull anunciou a contratação de seis engenheiros para formação da equipe que vai cuidar da Red Bull Powertrains, a parte da equipe que vai cuidar dos motores Honda a partir da próxima temporada.

Conheça o canal do Grande Prêmio no YouTube! Clique aqui.
Siga o Grande Prêmio no Twitter e no Instagram!

TOTO WOLFF; MERCEDES; GP DO BAHREIN;
Toto Wolff ajudou a construir o império da Mercedes na Fórmula 1 (Foto: Mercedes)

O futuro da Mercedes na Fórmula 1 é frequentemente alvo de rumores. O mais recente deles veio em 2020, quando Eddie Jordan afirmou que a escuderia seria vendida para a Ineos, uma das patrocinadoras. De acordo com o ex-dirigente, o bilionário Jim Ratcliffe estaria disposto a fazer um investimento para comprar 70% da atual campeã de F1. Jordan não deu prazo para a aquisição acontecer, mas o assunto perdeu força nos meses seguintes. Toto Wolff veio a público para dizer que a informação foi fabricada e reafirmar compromisso com a principal categoria do automobilismo. Além disso, ações como renovação de contrato com Lewis Hamilton e desenvolvimento de pilotos como George Russell de olho no longo prazo indicam um interesse de seguir no grid.

A Mercedes tem equipe de fábrica na F1 desde 2010, quando assumiu a gestão da Brawn. Antes disso, está desde 1994 ininterruptamente no grid como fornecedora de motores. Essa era ficou marcada pela aliança com a McLaren, que durou entre 1995 e 2014.

Trailer dos personagens clássicos do F1 2021 (Vídeo: Codemasters)
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.