Dono da Lotus critica distribuição de renda da F1 e lamenta cirurgia de Räikkönen: "Momento muito infeliz"

Gerard López, dono da Lotus, desejou uma rápida recuperação a Kimi Räikkönen, mas afirmou que o momento da cirurgia do finlandês é infeliz e inadequado para a equipe. Ainda, dirigente reclamou da distribuição de renda na F1

A Lotus confirmou no fim de semana que Kimi Räikkönen não estará presente nos GPs dos Estados Unidos e do Brasil, as duas últimas etapas da temporada 2013 da F1. De acordo com Steve Robertson, agente do finlandês, o piloto terá passar por uma cirurgia por conta de fortes dores nas costas.
 
O anúncio da ausência de Räikkönen levantou inúmeros rumores que indicavam que o atraso nos salários do piloto era a verdadeira causa para o fim precoce da temporada do finlandês. Outros boatos ressaltavam que a falta do titular nas etapas finais irá beneficiar a Ferrari, futura equipe do campeão de 2007.
López afirmou que momento da saída de Räikkönen é muito ruim para Lotus (Foto: Andrew Ferraro/Lotus)
Ferrari e Lotus ainda disputam o terceiro lugar no Mundial de Construtores. O time de Maranello atualmente ocupa a posição, mas a fábrica de Enstone aparece na sequência, com 26 pontos a menos que os italianos. 
 
Em entrevista ao jornal germânico ‘Die Welt’, Gerard López, dono da Lotus, desejou uma rápida recuperação ao finlandês, mas reconheceu que o momento da saída do piloto é muito ruim para a equipe. 
 
“Primeiramente, diz respeito à saúde de Räikkönen e eu desejo a ele uma rápida recuperação”, disse López. “Mas a operação vem em um momento muito infeliz e inadequado para a Lotus. E eu também sei em que esporte nós estamos”, ironizou. 
 
López reclamou das manchetes negativas e criticou a distribuição de renda na F1, afirmando que alguns times recebem mais dinheiro não por serem melhores, mas por serem vistos como mais importantes.
 
“Uma vez após outra eu leio manchetes negativas e ninguém parece se importar que nós tentamos salvar a companhia e cerca de 500 funcionários”, criticou. “Claro que sabemos que a F1 não é uma instituição de caridade, mas existe uma diferença enorme em como os times são apoiados financeiramente na F1”, declarou. 
 
“Não é só que os outros times [top] conseguem investir mais, mas o fato que eles simplesmente recebem mais dinheiro”, ponderou. “E não é porque eles são melhores, mas porque, aparentemente, eles são mais importantes. Nós começamos nossa corrida de 100m na marca de 200m”, comparou. “E ainda assim nós chegamos no pódio”, concluiu.
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