Ecclestone rebate críticas por choque de datas entre F1 e Nascar nos EUA: “Nós disputamos um Mundial”
Eddie Gossage, chefe do Texas Motor Speedway, criticou decisão de Bernie Ecclestone de levar F1 a Austin no mesmo dia da Texas 500. Britânico explicou: "Temos um problema que a Nascar não tem: seis jatos jumbo para deslocar todos os nossos equipamentos"
A edição de 2014 da prova, contudo, está causando polêmica: foi agendada para o dia 2 de novembro, mesmo dia em que a Nascar, categoria de maior audiência no país, realizará a Texas 500, no Texas Motor Speedway, em Fort Worth. Mesma data, mesmo Estado. Os dois circuitos estão separados por 391 km – de carro, quase 4h de viagem.
Eddie Gossage, chefe do superoval texano, esculhambou a decisão da F1 e fez críticas frontais a Bernie Ecclestone, presidente da FOM, empresa que gere a categoria. O norte-americano afirmou que o britânico “não foi inteligente” e “faz muitas coisas idiotas”.
Pacientemente, Bernie respondeu às críticas e explicou, quase desenhando, a evidente dificuldade logística que a categoria enfrenta. “Nós temos um pequeno problema que a Nascar não tem: temos seis jatos jumbo para deslocar todos os nossos equipamentos, e temos de encontrar a maneira mais sensata de usá-los para fazer isso”, disse.
“Temos que ser eficientes e ter em mente que também podemos encontrar problemas em um aeroporto. Há problemas que podem ocorrer, mas ele [Cossage] e outras pessoas não percebem essas coisas”, retrucou o chefão da F1.
“A corrida anterior à dos EUA é na Rússia, em Sochi. Nós nunca estivemos no país antes, e teremos que sair de lá e ir para Austin. Isso é, provavelmente, muito mais difícil do que tentar entrar no Brasil e, em seguida, sair de São Paulo para Abu Dhabi. Então ele é extremamente sortudo por não precisar fazer o que nós temos que fazer.”
Por fim, Ecclestone também apontou outro fator óbvio: a não interferência no público de dois eventos distintos e que não competem entre si, mesmo realizados no mesmo dia.
“Também falei com as pessoas que correm na Nascar, e eles acreditam que o público da Nascar é diferente do da F1. Pessoas diferentes, consumidores diferentes. No fim, eles realizarão uma etapa doméstica nos EUA, enquanto nós disputamos um Mundial.”