Em entrevista à emissora local de rádio ‘3AW’, Sutton, que ainda não tinha conhecimento dos outros dois casos da Haas, se mostrou preocupado com a situação e o risco de o coronavírus se alastrar em meio ao paddock da F1 no circuito de Albert Park.
“Acho que, quanto a esses três membros das equipes, se eles testarem positivo, precisamos considerar o que isso significa para seus contatos próximos e, se eles tiverem vários contatos próximos entre várias equipes, então essas pessoas precisam ficar em quarentena”, declarou.
Vista aérea do Albert Park, casa da F1 na Austrália (Foto: Red Bull/Divulgação)
A autoridade máxima de saúde do estado de Victoria deixou claro que o cancelamento do GP da Austrália é uma opção. “Se isso efetivamente interromper a corrida, que assim seja, faremos isso”, disse.
A última quarta-feira marcou mais uma série de anúncios sobre eventos esportivos cancelados ou adiados. A NBA, por exemplo, decidiu suspender, até segunda ordem, a temporada em razão do diagnóstico positivo do pivô francês Rudy Gobert, do Utah Jazz, para coronavírus. O GP da Argentina de MotoGP foi transferido para o fim do ano, adiando assim o início da temporada para maio. Segundo o site norte-americano ‘Motorsport.com’, os ePs de Seul e Paris da Fórmula E também vão ser adiados, levando a sequência do campeonato para maio.
McLaren e Haas não comentaram o andamento dos testes com seus respectivos funcionários, contudo afirmaram que aguardam pela confirmação dos resultados para, no mais tardar, para esta quinta-feira. Sutton afirmou que vai entrar em contato direto com as autoridades locais para acelerar os testes com os membros das equipes.
“Se esses testes em particular estiverem sendo realizados e não conseguirmos um resultado… Vou acompanhar para assegurar que haja um resultado hoje porque precisamos que eles conheçam as implicações para todos os outros membros”, disse o australiano, em alerta.
Ao mesmo tempo em que mostra grande preocupação com o risco do coronavírus se espalhar no paddock da F1, Sutton concorda com a organização do GP da Austrália e negou a possibilidade de restringir o acesso dos fãs a Albert Park.
“Não acho que as multidões sejam o problema aqui. Acho que a segregação das equipes, uma das outras, e também do público, é muito importante, mas o público [do GP] é como qualquer outra reunião de massa. 300 mil pessoas vêm todos os dias à cidade para trabalhar, isso é uma reunião de massa. O transporte público é uma reunião de massa todos os dias”, concluiu.
No momento, a Austrália registra 128 casos confirmados para coronavírus. Uma delas é o ator Tom Hanks, que está no país para a gravação de um filme sobre Elvis Presley. Ao todo, há a confirmação de três vítimas fatais do Covid-19. 21 pacientes já se encontram recuperados.
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