Equipes rejeitam mudanças e apoiam inspeção técnica aleatória da FIA em carros após GPs

As duas desclassificações em quatro carros inspecionados nos Estados Unidos levantaram a possibilidade de haver outros irregulares após a corrida em Austin, porém os chefes das equipes entendem que "não é prático" mudar o sistema e passar a analisar todo o grid

As desclassificações de Lewis Hamilton e Charles Leclerc nos Estados Unidos, no último final de semana, levantaram discussões em torno do atual processo de inspeção técnica realizado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), porém algumas equipes do grid se mostraram contrárias a uma mudança. Na visão dos times, analisar todos os carros após as corridas não seria prático.

A questão surgiu principalmente pelo motivo das desclassificações: a medida da prancha do assoalho, que fugiu à regra por conta do desgaste além do projetado causado pelo asfalto irregular em Austin. Os carros de Max Verstappen e Lando Norris também foram inspecionados no sorteio e aprovados, porém a coincidência fez muitos defenderem que o adequado seria uma vistoria no grid inteiro.

O próprio Hamilton chegou a dizer que havia “outros carros irregulares” após a bandeirada nos Estados Unidos e cobrou uma “estrutura justa”. Só que a FIA afirmou que seria “impossível” fiscalizar todos os bólidos pela logística, uma vez que os equipamentos precisam ser devolvidos às equipes a tempo de preparar a desmontagem e transporte para a etapa seguinte.

O tema foi levado à coletiva de imprensa com os chefes das equipes na sexta-feira (27), no autódromo Hermanos Rodríguez. “Da minha parte, deixarei que eles decidam quais carros precisam ser inspecionados. Ficarei feliz se for assim, de qualquer forma”, disse o diretor de engenharia de pista da Alfa Romeo, Xevi Pujolar. Já o chefe de desempenho de veículos da Williams, Dave Robson, argumentou que não haveria tempo para inspeção em todos os carros.

A Haas não vê problemas no atual sistema de inspeção aleatória (Foto: Haas)

“A forma como o regulamento é policiado atualmente, inspecionar todos os carros ao final de cada corrida simplesmente não é prático. Demoraria tanto que todos ficariam frustrados com isso”, salientou o representante de Grove, defendendo o sorteio.

“As análises pontuais e a severidade da punição são suficientes para que se acredite que, na maioria das vezes, todos os carros serão legais. Então acho que está tudo bem do jeito que é”, seguiu.

Engenheiro-chefe de corrida da Haas, Ayao Komatsu seguiu os colegas. “Sabemos quais são as regras. Cada equipe decide dentro das margens o quanto pode forçar. Fim de semana com sprint, de corrida normal, isso afeta a sua margem. Portanto, tudo bem, sem problemas”, concluiu.

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