Ex-parceiro na Wiliams, Senna descreve oscilante Maldonado como “mistério para todo mundo” na F1
Bruno Senna foi companheiro de equipe de Pastor Maldonado em 2012 na Williams. Nesta temporada, o venezuelano alcançou o ápice na F1 com a conquista de uma vitória épica em Barcelona. Mas o brasileiro vê seu antigo parceiro como um mistério justamente pela drástica oscilação de performance. Mas diz que, se estiver “no ano dele”, Senna vê Pastor capaz de bater até Lewis Hamilton
Bruno Senna fez parte da Williams no ano em que a equipe voltou a vencer na F1. Foi no GP da Espanha de 2012 que o brasileiro viu seu então companheiro de time, Pastor Maldonado, conquistar uma vitória épica e improvável em Barcelona, com direito a superar dois campeões do mundo: Fernando Alonso e Kimi Räikkönen. Aquela temporada foi a melhor do venezuelano, que ficou mais um ano na Williams antes de rumar para a Lotus. Mas desde 2012, o sul-americano vem se notabilizando mais pelos acidentes do que pela boa performance em pista.
Como acompanhou de perto o trabalho desenvolvido por Pastor enquanto correram juntos na Williams, Senna entende que o venezuelano tem, sim, muito potencial. Entretanto, a oscilação em termos de desempenho faz com que o brasileiro veja Maldonado como um mistério para ele e para a própria F1 em si.
Pastor Maldonado venceu o GP da Espanha de 2012 (Foto: Williams/LAT Photographic)
Bruno deu como exemplo a performance de Pastor nos anos em que ele correu na GP2, categoria de acesso a F1 e da qual o brasileiro fez parte em 2008, ano em que Senna foi vice-campeão.
“Você acha que com a experiência o piloto pode superar, se entender… Ele correu de GP2 comigo em 2008, fez três poles e não terminou quase nenhuma corrida, batia toda hora. E no ano que ele ganhou o campeonato, ele ganhou tudo, o cara dominou, sumiu na frente de todo mundo. E não foi questão de ter o melhor carro. Ele se achou lá dentro, estava confortável, e aí ninguém dava pau nele. E em 2012 [na F1] foi assim”, comentou Bruno.
Pastor Maldonado foi parceiro de Bruno Senna na Williams em 2012 (Foto: Williams/LAT Photographic)
Além da vitória em Barcelona, Pastor lutou pelo pódio em Valência naquele ano, mas acabou tocando em Lewis Hamilton quando restavam duas voltas para o fim, causando o fim da disputa para ambos. O venezuelano também teve uma boa performance em corridas como Austrália e Abu Dhabi. Mas, desde então, não chegou a mostrar nenhum desempenho de encher novamente os olhos dos fãs na F1.
“Apesar de ele ter batido bastante, ele estava muito confortável dentro do carro. E acho que ele ainda não conseguiu se achar nesse mesmo patamar ainda [na Lotus]. Então, quando ele está ‘fora da cabeça dele’, então faz aquelas coisas”, disse o brasileiro.
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