F1 dá pontapé inicial para 2018 em semana problemática em Barcelona. Mas ordem de forças segue a mesma

A primeira semana da pré-temporada da F1 não poderia ter sido mais problemática. As atividades foram prejudicadas pelo intenso frio que atingiu a Europa, e pouco pode ser feito nos dias iniciais, sobretudo na quarta-feira, quando chegou a nevar. Só que o tempo deu uma trégua no dia final e aí a Mercedes tratou de provar que segue sendo a equipe a ser batida

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Finalmente, a F1 2018 deu a largada. Carros e pilotos foram à pista de Barcelona nesta semana para o início dos preparativos do campeonato que começa no dia 25 de março. A Espanha já virou uma tradição quando se pensa em testes coletivos. E a escolha não é por acaso. Normalmente, o clima é mais ameno, deslocar todo o equipamento e pessoal também é mais barato, além da relativa proximidade com as fábricas. Por isso, a Catalunha se tornou um destino favorito do Mundial. Pois bem, dito isso, o que se viu nesta semana foi inédito. Por conta de uma massa polar vinda da Rússia, os primeiros dias de atividades foram amplamente prejudicados pelas baixas temperaturas – na terça-feira, por exemplo, a sessão teve início com registro de 0ºC. A situação foi tão maluca que chegou a nevar, o que atrasou toda a programação técnica dos times.

 
Ainda assim, as equipes conseguiram driblar o improvável. No primeiro dia de trabalho, na segunda-feira, dia 26, os pilotos foram capazes de guiar com asfalto seco – embora a chuva tenha se feito presente no fim do dia -, e os tempos já foram imediatamente mais velozes do que no ano passado – e utilizando os mesmos compostos de pneus. No caso, os médios. Há de se destacar o asfalto novo do Circuito da Catalunha. Além de uma nova composição dos pneus – agora mais macios -, o piso recapeado tornou o traçado também mais rápido, e isso pode ser observado pela performance dos ponteiros, especialmente.
Daniel Ricciardo começou a semana na frente (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

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Então, o dia inicial viu a Red Bull na frente, com Daniel Ricciardo, andando de médios e cravando 1min20s179. Com o mesmo composto, Valtteri Bottas botou a Mercedes na segunda colocação, logo à frente de Ferrari de Kimi Räikkönen, que andou de macios. A diferença entre o #7 e o australiano foi de quase 0s4. Por se tratar do primeiro contato com os novos modelos, a maioria das equipes foi mais conservadora no começo das ações. E isso ficou evidente pela escolha de pneus, esteve entre os médios e os macios. O time que destoou foi a McLaren. Fernando Alonso obteve sua melhor volta com os supermacios – o espanhol terminou a sessão na sétima colocação, depois de sofrer um revés logo na primeira hora, quando escapou da pista devido a um defeito em uma porca da roda traseira. Mesmo assim, depois de três anos sofridos, o asturiano pode, enfim, dar quilometragem ao carro de Woking. Sem dúvida, um alívio.

 
Falando um pouco mais do carro inglês, a McLaren ousou em seu desenho. Trouxe linhas mais arrojadas, com entradas de ar mais altas e uma parte traseira mais agressiva. A questão agora é observar o quanto o projeto se encaixa no motor Renault. A princípio a equipe se livre das falhas e confiabilidade e pode dar seguimento às suas avaliações.
 
Se a McLaren não escondeu a satisfação com o MCL33, a Toro Rosso também teve razões para comemorar – especialmente por admitiu que houve certa preocupação com o projeto do carro, já que a decisão sobre a troca de motor veio somente em setembro do ano passado, quando o trabalho no modelo estava bem adiantado. Então, a esquadra de Faenza, que agora é equipada pela Honda, parece também ter conseguido casar bem o STR3 com a unidade japonesa, que não fez feio nesta semana. 
Brendon Hartley percorreu mais de 90 voltas no primeiro dia de testes (Foto: Honda)

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Os nipônicos mudaram o conceito do motor no ano passado e ainda estão trabalhando em uma evolução. É certo que a Honda seguiu cautelosa e andou dentro de um limite nesta semana, mas não houve qualquer contratempo, nada. Ainda assim, o time chefiado por Franz Tost imprimiu um ritmo constante. E foi a equipe que mais andou ao longo da semana. E esse passo à frente já ficou claro logo de cara: no primeiro dia, Brendon Hartley completou 93 voltas e só ficou atrás de Ricciardo, que andou por mais de 100.

 
A Renault também surgiu forte, embora Carlos Sainz tenha percorrido apenas 26 giros. Williams, Haas, Sauber e Force India, no entanto, viveram um dia mais discreto, embora tenham sido capazes de dar quilometragem aos seus carros.
 
Já o segundo dia foi marcado pela força das protagonistas do Mundial. Ferrari e Mercedes esbanjaram confiabilidade e usaram bem o dia enquanto foi possível. A terça-feira foi gelada em Barcelona, e isso prejudicou o aquecimento dos pneus. A pista também se mostrou mais escorregadia. Porém, ainda assim, as duas equipes conseguiram completar longos stints, ainda que com objetivos diferentes. No fim, Sebastian Vettel foi o mais rápido, seguido de perto por Bottas. Ambos foram os únicos a virar na casa de 1min19s. Só que é preciso destacar que o melhor tempo do tetracampeão veio em cima dos compostos macios, enquanto o finlandês apenas andou com os médios. A diferença de performance, então, já revela que a Mercedes possui nas mãos um carro melhor ajustado.
 
A McLaren apareceu em terceiro com Stoffel Vandoorne. O tempo, entretanto, foi obtido com os pneus hipermacios, obedecendo a uma tática diferente. O belga ainda sofreu com problemas de superaquecimento e foi capaz de andar apenas por 37 voltas. Mais tarde, a esquadra inglesa revelou que o contratempo foi causado por uma falha em um parafuso. Até a caixa de câmbio precisou ser trocada por conta do problema. Assim, Vandoorne perdeu um enorme tempo de pista. 
 
Assim como as ponteiras, o dia foi de quilometragem também para a Red Bull, Renault, Toro Rosso, Williams, Sauber e Force India. Todas ultrapassaram facilmente a casa de 60 voltas. Apenas a Haas, assim como a McLaren, enfrentou um dia difícil, em que teve problema de embreagem. Com o fim do segundo dia – em que chegou a nevar no fim da tarde -, ficou evidente também a extrema confiabilidade dos carros de modo geral. Não houve problemas e nem quebras graves. O cenário apenas mostra a força do regulamento e a destreza das equipes.
 
O terceiro de testes acabou nulo por conta da neve que desabou sobre o Circuito da Catalunha e a chuva que surgiu na sequência. Apenas Alonso registrou tempo, mas mais para sair bem na foto. De resto, poucos carros foram à pista e somente para giros de verificação. Já o quarto e último dia da semana foi realmente mais proveitoso. Primeiro, porque as condições do tempo permitiram. A sessão começou com 6ºC e a temperatura máxima chegou aos 14, sendo que o asfalto teve máxima de 20ºC. E o sol acabou aparecendo em alguns momentos. Assim sendo, os times aproveitaram ao máximo a quinta-feira. 
Fernando Alonso foi o único a marcar tempo na quarta-feira (Foto: McLaren)
É bem verdade que a manhã ficou comprometida pelo piso molhado, e a McLaren logo tomou a ponta. Mas, uma vez seca, a pista testemunhou o enorme desempenho da Mercedes. Bottas e Hamilton andaram, e o inglês fechou a semana como o mais veloz, dizendo na sequência que o W09 "é realmente um carro melhor que o antecessor". Não é lá uma boa notícia para a concorrência. A Ferrari de novo andou bem, mas mostrou que ainda não está tão próxima da rival quanto gostaria. Novamente usando os pneus macios, a equipe italiana terminou a semana na terceira colocação, com Sebastian Vettel a 0s9 de Hamilton.
 

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A McLaren também foi destaque, mas não pelo segundo tempo de Vandoorne e o quinto de Alonso – ambos as marcas feitas em cima de compostos hipermacios e supermacios, respectivamente, mas, sim, pela confiabilidade e número de voltas, o que indica que o time, de fato, pode ter acertado o conjunto MCL33-Renault. 
 
E falando nos franceses, a equipe também andou bem, com seus dois pilotos dividindo o dia. A Haas se recuperou e andou por quase 100 voltas com Kevin Magnussen. E, de novo, a Toro Rosso surpreendeu ao percorrer 147 giros com Pierre Gasly. 
 
Interesse deste último dia foi observar a escolha de compostos: além de Alonso, Magnussen também andou de supermacios, assim como Ericsson. Lance Stroll, Sergio Pérez, Max Verstappen e Charles Leclerc preferiram os macios. Apenas a Mercedes e a Renault, mas com Sainz, andaram de médios.
Lewis Hamilton, já favorito ao título (Foto: Mercedes)
Dito isso, ficou evidente nesta primeira semana que a hierarquia de forças da F1 segue intacta. A tetracampeã alemã ainda é a equipe a ser batida. A Ferrari está um pouco atrás e talvez tenha a Red Bull mais perto. A Renault vai entrar na briga aí pela posição de 'melhor do resto' junto com Force India – que teve um início tímido, mas eficaz – e, talvez, McLaren e Toro Rosso, aparecendo um pouco depois, junto com a Williams. Haas e Sauber parece fadadas ao fim do pelotão.

A F1 volta agora somente na próxima semana, com mais quatro dias de testes em Barcelona. A previsão do tempo não aponta mais um frio severo, mas existe uma grande chance de chuva para os primeiros dias. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL, na cobertura IN LOCO da repórter Evelyn Guimarães.

TUDO POR CONTA DOS CUSTOS

MESMO COM FRIO, PRÉ-TEMPORADA DA F1 NÃO DEVE SAIR DA EUROPA

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