F1 diz que “voltou à estaca zero” e abandona projeto de cobertura de pneus de chuva

A equipe de monopostos da FIA, comandada por Nikolas Tombazis, desenvolveu uma cobertura quase completa dos pneus de chuva extrema, mas projeto não se mostrou eficaz

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) decidiu abandonar o projeto abandonar o projeto de cobertura de pneus de chuva testado no começo do mês pela Ferrari, em Fiorano. A equipe de monopostos da entidade, comandada por Nikolas Tombazis, desenvolveu uma cobertura quase completa dos pneus de chuva extrema. A ideia foi uma tentativa para encontrar uma solução para os pneus de chuva extrema na F1. Contudo, não deu certo.

“Sempre soubemos que havia dois fatores principais que contribuem para a nuvem de spray. Um deles é a quantidade de água que é captada do solo pelo difusor e o outro é a das rodas. O que pensamos em fazer foi tentar fazer uma cobertura total das rodas, mesmo além do que seria prático, para ver qual é o máximo que podemos alcançar com isso – para ver se essa é a solução ou não”, explicou Tombazis, à revista inglesa Autosport.

A tentativa de proteger os pneus e melhorar a visibilidade em condições de pista molhada começou a ir à pista ano passado, quando Mick Schumacher andou com a Mercedes protegida e Oscar Piastri, de McLaren, desfilou atrás para avaliar o spray. Mas se tratava de outra solução e não deu certo. Por isso, após a tentativa, em setembro de 2023, começou o desenvolvimento do novo projeto.

“O teste anterior da cobertura da roda [em Silverstone, no ano passado] foi muito pequeno. Por isso, fizemos um teste mais completo para ver qual era o melhor resultado que poderíamos obter com as coberturas das rodas. E, embora elas tenham um pouco de efeito, não têm um efeito significativo o suficiente para dizer que essa é a solução. Portanto, voltamos à estaca zero”, lamentou o engenheiro.

Arthur Leclerc conduziu o teste da Ferrari com as coberturas de pneus (Foto: Formu1a.uno)

De acordo com ele, a FIA vai continuar tentando encontrar soluções para evitar que as corridas sejam prejudicadas em caso de chuvas extremas.

“Precisamos pensar em soluções diferentes. Quero dizer, em última análise, o que queremos evitar é uma situação como a de Spa-Francorchamps, em 2021, em que a corrida pode ser cancelada, severamente encurtada, ou severamente atrasada. As coberturas das rodas em si eram muito feias, mas se tivessem contribuído de forma significativa, teríamos ficado muito felizes em instalá-las uma vez por ano, se isso fizesse a diferença entre cancelar ou não uma corrida. A intenção nunca foi a de usá-las toda vez que o solo estiver molhado. Mas, infelizmente, precisamos tentar pensar em outras soluções”, afirmou. “Já encontramos respostas para algumas perguntas. Sabemos onde estamos, mas não acho que isso deva ser levado adiante no momento. Precisamos encontrar outras maneiras de proteger as corridas de serem canceladas”, concluiu o grego.

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