F1 encara resistência interna após admitir planos de organizar corrida em Ruanda
Decisão de voltar a correr na África por meio de uma corrida em Ruanda, um dos países mais pobres do mundo, não caiu bem no paddock da Fórmula 1. Local vai receber a tradicional festa de premiação da FIA ao fim de 2024
No último mês de agosto, Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, revelou que há um plano em andamento para que a categoria volte a correr na África em um futuro próximo. Segundo ele, Ruanda apresentou um “projeto sério” para receber a modalidade, enquanto o presidente do Automóvel Clube de Ruanda, Christian Gakwaya, garantiu que o país está “comprometido e preparado” para isso. No entanto, a resistência sobre correr no local é real entre os membros do paddock.
Segundo o portal F1-Insider, a decisão de tentar correr em um dos países mais pobres do mundo não caiu bem dentro do circo da categoria. Ao programar um evento milionário — e a construção de um circuito — em um local assolado pela pobreza e marcado por uma sangrenta guerra civil, a Fórmula 1 despertou a antipatia de alguns nomes importantes.
“Um país cujo PIB se baseia em 40% dos fundos de ajuda ocidentais não deveria ser autorizado a receber uma corrida. O dinheiro só vai para quem está no poder, e não para aqueles que realmente precisam dele”, disse um chefe de equipe que não quis se identificar ao portal.
Vale destacar que, no dia 13 de dezembro, a tradicional cerimônia de premiação da FIA vai acontecer justamente em Ruanda, mais especificamente na capital, Quigali. É a primeira vez na história que a festa de gala será organizada na África.
A Fórmula 1 retorna de 18 a 20 de outubro em Austin, Estados Unidos, início da perna americana da temporada 2024.
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