F1 obtém acordo unânime e adia para outubro definição do regulamento de 2021
A FIA obteve a unanimidade entre as equipes, FOM e fornecedores para adiar a definição das regras de 2021 na Fórmula 1. O novo acordo deveria ser finalizado neste mês, mas a entidade sente que ainda é necessária uma maior discussão até que chegue de fato a um denominador comum. Com isso, a decisão sobre o regulamento fica para outubro
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) obteve a aprovação unânime das equipes do grid da Fórmula 1 para adiar para outubro a decisão sobre o regulamento de 2021 – a maior das categorias do esporte a motor no mundo discute diferentes regras para o novo contrato entre os competidores, os detentores dos direitos comerciais, a própria entidade e fornecedores. A reunião que ocorreu nesta quinta-feira (13), em Paris, bateu o martelo em favor do atraso.
O encontrou contou com a presença dos chefes dos times, do pentacampeão Lewis Hamilton e até mesmo da Pirelli, a fornecedora de pneus do campeonato. A ideia foi tentar costurar um acordo para ampliar o tempo de discussão sobre os itens do regulamento, que vão da parte técnica à financeira. No fim de semana, a Mercedes e a Ferrari já haviam dito que concordavam com o adiamento. O chefe da equipe italiana, Mattia Binotto, chegou a dizer que o conjunto de regras ainda estava "muito verde".
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"De acordo com discussões durante o GP do Canadá em Montreal e uma reunião hoje, 13 de junho, em Paris, entre FIA, Fórmula 1, chefes de equipe, diretores-técnicos das dez equipes, a fornecedora única de pneus e alguns pilotos – Lewis Hamilton, Nico Hülkenberg e Alexander Wurz – houve um acordo unânime para adiar até outubro de 2019 a apresentação final das regras Técnicas, Esportivas e Financeiras para o Mundial de F1 a partir de 2021", disse o comunicado da FIA e da Fórmula 1.

"Enquanto os maiores acionistas da Fórmula 1 sentem que os objetivos principais que foram traçados para as regras do futuro foram definidos, foi acordado que é do interesse do esporte usar o tempo extra para refinar ainda mais as regras e fazer consultas adicionais", completou. "Além disso, seguindo um primeiro encontro envolvendo todos os acionistas referidos anteriormente, mais reuniões serão realizadas nos próximos meses."
A ideia do atraso partiu do próprio Jean Todt, presidente da FIA, que promoveu uma reunião com chefes de equipe em Montreal. Enquanto times grandes como Ferrari e Mercedes concordaram com a opinião de Todt, times menores como McLaren, Renault, Alfa Romeo e Williams assinaram uma carta condicional, pois temiam que as rivais maiores pressionassem a FIA para um teto orçamentário além do esperado, entre outros itens do regulamento. As esquadras do pelotão intermediário defendem uma mudança mais drásticas nas regras.
Entende-se que pontos técnicos, que variam da aerodinâmica aos motores, figuram no maior impasse entre os times, mas agora falava-se que também os fatores financeiros estão sendo questionados, sobretudo o orçamento. Entre outros aspectos, a FIA e o Liberty Media, grupo proprietário da F1, desejam aprovar regras que ajudem a tornar o esporte mais competitivo e equilibrado. E essas medidas, portanto, atendem desde a parte técnica até a distribuição da premiação e os limites de gastos.
O Conselho Mundial da FIA tem reunião nesta sexta-feira (14) e esperava por uma definição sobre o regulamento – era a última oportunidade para a ratificação das regras, mas isso só deve acontecer mesmo no dia 4 de outubro, por conta da solicitação da FIA, aprovada nesta quinta-feira.
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