F1 reconhece necessidade de correção logística para alcançar “calendário perfeito”

O diretor-esportivo da categoria, Steve Nielsen, acredita que regionalização das corridas é possível de acontecer em um futuro breve e que a F1 trabalha para estabelecer um calendário ideal nos próximos anos

A Fórmula 1 recebeu (e recebe) diversas críticas por conta do caos logístico que é seu calendário de corridas para uma temporada. Em setembro, a categoria anunciou 24 provas para a temporada 2023, aprovada pelo Conselho Mundial do Esporte a Motor e formatou o que planeja ser a mais longa temporada de todos os tempos.

Mas a F1 almeja resolver esse problema nos próximos anos e tem como objetivo um calendário perfeito, que otimize a regionalização das corridas. Ao menos é a garantia do diretor esportivo da categoria, Steve Nielsen, que aponta que agrupar os eventos faz mais sentido para que o cronograma atenda às credenciais de redução da emissão de carbono com menos movimentação de carga e das viagens das equipes.

A conclusão de que é necessário mudar esse cenário se dá justamente do deslocamento de todos que participam da Fórmula 1 nos GP’s do Brasil para Abu Dhabi, com uma viagem de 15 horas de avião. Nielsen afirma que anomalias como essa do calendário de 2022 serão resolvidas nos próximos anos, mas admite que levará um certo tempo.

Circuito de Xangai está entre as 24 corridas para a temporada 2023 da F1 (Foto: F1)

“Trabalhamos na regionalização das corridas. Temos uma ideia futura, não vou dizer em qual ano, mas que apresentará um calendário futuro que, gradualmente, elevará nossa estratégia de ir para uma resolução perfeita. A que temos agora não é a ideal e não estamos satisfeitos. É um processo”, disse Nielsen.

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O britânico confessou que a F1 é refém de acordos existentes de corridas vinculadas a datas específicas, que não dá para a categoria a liberdade que gostariam. E para isso, precisa-se persuadir promotores das provas para mudar isso. “Não começamos uma temporada com a agenda em branco e não temos essa flexibilização de colocar as corridas onde gostaríamos de colocá-las. Alguns contratos com são de longa duração, então, temos de trabalhar para isso acabar”, explicou.

Além da logística, Nielsen falou em outros problemas além da logística para que as corridas não sejam realizadas em determinadas épocas da temporada. O clima também influencia, além dos efeitos da COVID-19, que afetam o cronograma e que continuam presentes para a construção do calendário ideal.

“Há uma ou duas corridas que não estão onde normalmente estariam por causa da pandemia e vamos lidar com isso por mais algum tempo, faz parte do processo. Quem embarca regularmente de avião sabe que o deslocamento não é como antigamente, então, tudo isso passa pela COVID-19”, refletiu.

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