Alonso admite influência do pai e diz que “não queria ser piloto”: “Gostava de futebol”

Fernando Alonso revelou que não escolheu ser piloto na época da entrada no kart, mas acabou influenciado pelo pai a entrar no esporte. Em retrospectiva da carreira, espanhol relembrou problemas na escola e admitiu que preferia o futebol às corridas

Bicampeão mundial e piloto com o maior número de corridas na história da Fórmula 1, com 395 largadas, Fernando Alonso não escolheu desempenhar a profissão que o deixou mundialmente conhecido no universo do esporte a motor. A confirmação veio do próprio espanhol, que disse ter sido levado pelo pai à primeira corrida de kart sem exatamente optar por participar.

“Não escolhi ser piloto. Foi meu pai, preciso admitir. No meu caso, andei de kart pela primeira vez aos três anos. Como você pode imaginar, não escolhi fazer a corrida. Meu pai ficou feliz naquele dia. Minha mãe, nem tanto. Então, você começa a gostar do que faz, desenvolve habilidades ainda novo e, se for bem, recebe mais oportunidades”, lembrou.

Segundo Alonso, entretanto, os finais de semana de corrida não eram tão divertidos quanto o esporte praticado na escola: o futebol, onde o asturiano era goleiro e costumava sentir mais prazer do que nos karts. No entanto, não teve coragem de dizer a verdade ao pai.

“Se você entregar, vencer, você vai passando pelas categorias e eventualmente chega à F1. Quando eu tinha oito, nove, dez anos, lembro de correr nos finais de semana. Porém, durante a semana, na escola, eu jogava futebol e era goleiro. Lembro que gostava mais de jogar futebol do que dos finais de semana de corrida”, admitiu.

Alonso acabou influenciado pelo pai a se tornar piloto (Foto: Aston Martin)

“Mas não consegui contar ao meu pai. Além disso, há milhares de jogadores de futebol, mas apenas 20 na Fórmula 1. Então, era mais chamativo, mais exclusivo. Mas, brincadeiras à parte, acho que perdi muitas coisas na vida na busca por isso”, lamentou Alonso.

Aos 43 anos, Alonso relembrou o período de entrada no automobilismo e admitiu que deixou de viver muitas experiências de vida na busca por se tornar um piloto profissional. Além dos problemas na escola, o espanhol — que ainda sonha em ter filhos — também não pôde festejar como os jovens de sua faixa etária na época.

“Não tinha um tempo normal de escola, perdia muitas coisas porque estava correndo na Itália e em outros países. Precisei fazer as provas nas semanas seguintes e sofri um pouco. Aos 19 anos, me tornei piloto de F1. A primeira vez que fui a uma boate foi aos 29. Então, perdi várias coisas”, pontuou.

Aos 43, Alonso soma 32 vitórias, 106 pódios e dois títulos mundiais na Fórmula 1 (Foto: AFP)

“Acho que sou feliz com a minha vida, mas ainda perdi coisas. Não tenho filhos, é algo que quero ter como objetivo pessoal. Espero que nos próximos anos, não muito tarde. E há coisas que eu não planejei com 15 ou 16 anos. Provavelmente, eu imaginava uma vida diferente”, finalizou Alonso.

Fórmula 1 agora faz longa pausa e retorna de 18 a 20 de outubro em AustinEstados Unidos, início da perna americana da temporada 2024.

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