Alonso se vê beneficiado por erros de rivais e pede para “mudar direção com carro 180°”

Fernando Alonso avaliou que a Aston Martin precisa fazer uma mudança de 180° na direção do desenvolvimento do carro para a temporada 2025 da Fórmula 1. O espanhol considerou que os pontos somados no GP de Abu Dhabi desde domingo (8) são fruto de erros das rivais e não do trabalho da equipe.

No sábado, Alonso já tinha creditado a um “milagre” o avanço ao Q3 da classificação, mas não estava muito otimista em um bom resultado, já que tinha pilotos fortes largando atrás. Na corrida, porém, o #14 terminou em nono, 82s373 atrás de Lando Norris, que dominou a prova, mas acredita que o resultado só veio por causa de revezes dos demais.

“As AlphaTauri [RB] erraram na parada, [Oscar] Piastri teve 10s de penalização, [Kevin] Magnussen bateu com [Valtteri] Bottas. Então, das posições que eu disse que perderia na largada, todos que erraram nos beneficiaram. Nós normalmente não cometemos erros, e hoje não erramos”, analisou Alonso em entrevista ao jornal espanhol AS. “Estou contente por pontuar nessas duas últimas corridas depois de uma sequência em que não conseguimos pontuar, mas dependemos dos erros das equipes da frente, então temos de mudar isso para o não que vem e pontuar por méritos próprios”, seguiu.

Com o campeonato encerrado, Alonso considerou que não há muito que se aproveite do carro deste ano.

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“Não há muito que pegar deste carro. Fomos, claramente, a nona equipe. A Williams foi muito superior a nós, não conseguíamos alcançá-los no final com pneus com 25 voltas a menos. Haas e Alpine nos meteram mais de 20s. Resta-nos a Sauber atrás e isso não é suficiente. Temos de mudar a direção com esse carro 180°”, defendeu.

Questionado sobre as expectativas para 2025, Fernando fez uma previsão pessimista, já que considera que é difícil conseguir um salto bom o bastante para fazer frente ao poderio de McLaren e Ferrari.

“Vai ser difícil. Não podemos esperar muito, porque a Ferrari e a McLaren são os carros que estiveram muito acima todo mundo o ano todo. É difícil cortar esse tipo de distância. Têm uma briga interessante no grupo intermediário, estaremos ali, tentando pontuar de vez em quando”, indicou. “É um ano para seguir aprendendo as coisas, dar boas-vindas a Enrico Cardile no início do ano, a Adrian Newey em março ou abril, e a Honda no final do ano. Serão momentos interessantes de 2025, incríveis para a equipe e para a Aston Martin. E estou contente em ser parte deste processo. Mas, na pista aos domingos, teremos de ter paciência, algo que, como pilotos, às vezes não temos”, encerrou.

A Fórmula 1 retorna já semana que vem, com os testes de jovens pilotos e de pneus da Pirelli, também em Abu Dhabi.

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