Ferrari cita regras e diz que flexão de asa traseira “não é área cinzenta como dianteira”
Chefe da Ferrari, Frédéric Vasseur ainda explicou que não entrou com protesto formal depois da corrida em Baku porque "não é tão fácil obter provas"
Frédéric Vasseur reagiu à proibição da polêmica asa traseira usada pela McLaren em Baku, no último fim de semana, e afirmou que a flexibilidade da peça nada tinha a ver com o barulho que surgiu anteriormente com relação às asas dianteiras dos carros. O chefe da Ferrari enfatizou que o regulamento é bem específico com o que pode e o que não pode, reforçando a acusação de que o carro dos ingleses não estava em conformidade no GP do Azerbaijão.
A controvérsia começou depois que imagens onboard do carro de Oscar Piastri mostraram a asa traseira distorcendo ao receber uma certa quantidade de carga, principalmente durante as retas, criando, assim, um ‘mini-DRS’, que ajuda na redução do arrasto e, consequentemente, aumenta a velocidade. Informalmente, queixas anônimas pipocaram, até que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) resolveu intervir, proibindo a peça.
A McLaren acatou a decisão, mas não perdeu a chance de dar uma cutucada ao pedir que a FIA tivesse as mesmas conversas com as rivais. Depois dos treinos livres desta sexta-feira (20), Vasseur falou à imprensa e enfatizou que a questão envolvendo as asas traseiras “não se trata de uma área cinzenta”.
“Acho que há uma espécie de confusão entre o que aconteceu com a asa dianteira e a asa traseira”, começou o dirigente francês. “Na asa dianteira, todos concordamos que poderia ser uma área cinzenta, porque o primeiro parágrafo da diretiva diz que não se pode projetar uma parte do carro com a intenção de deformação. A intenção é difícil de gerenciar.”
“Mas a história da asa traseira é completamente diferente, porque, no artigo, temos também uma deflexão máxima. E isso é preto ou branco. Não é cinza, nem cinza-escuro, nem cinza-claro. É preto e preto. E, para mim, está claro”, cravou.
“Todos nós vimos o vídeo e as fotos. E é um pouco frustrante quando, se lembrarmos perfeitamente a situação em Monza, tínhamos cinco carros em 0s2”, continuou o chefe da Ferrari, referindo-se à classificação, quando a diferença entre o pole-position, Lando Norris, e Carlos Sainz, quinto colocado, foi de apenas 0s140.
“Daria para ir de primeiro, segundo para quinto ou sexto por 0s2. Em Baku, chegamos a 10 voltas seguidas lado a lado na curva 1. Dá para imaginar que estamos um pouco frustrados”, enfatizou, agora relembrando o duelo entre Charles Leclerc e Piastri, com o #81 segurando o monegasco até a bandeirada.
Vasseur, então, foi questionado sobre o motivo de não ter levado adiante um protesto formal. “Poderia ter sido possível, mas não é tão fácil obter as provas [necessárias]. Mas agora, sinceramente, quero virar essa página e me concentrar no futuro. Baku e Monza ficaram para trás. Ainda temos sete corridas pela frente. Temos de vencer neste fim de semana [em Singapura], e esta será a melhor resposta”, encerrou.
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