Ferrari exalta “bagagem pessoal” de Hamilton e espera “dinâmica benéfica” com Leclerc

Depois de um início de temporada complicado, sofrendo com o desempenho ruim do carro da Mercedes, Lewis Hamilton soube muito bem aproveitar as melhorias feitas no W15 e deu a volta por cima nas últimas etapas. Futuro chefe do heptacampeão na Ferrari, Frédéric Vasseur teceu novos elogios ao #44 e ainda disse o que espera para 2025, quando o mesmo terá Charles Leclerc na garagem ao lado.

Nas primeiras nove etapas do certame, do GP do Bahrein ao GP do Canadá, o britânico somou um total de 55 pontos, bem menos do que fez a partir da prova na Espanha, há pouco mais de um mês, quando acumulou 95 tentos, com cinco pódios consecutivos e vitórias nos GPs da Inglaterra e da Bélgica. O desempenho recente mostrou que mesmo aos 39 anos de idade, Hamilton ainda é capaz de ser competitivo quando possui um bom carro em mãos.

De olho na próxima temporada, Vasseur voltou a dizer boas palavras sobre a performance de pista do companheiro de George Russell, mas afirmou que o heptacampeão também terá um papel fundamental nos bastidores da Ferrari. “Uma coisa que é válida para Lewis, mas também para os engenheiros, é que é importante ter uma mistura cultural, com pessoas de diferentes formações e experiências”, começou Vasseur em entrevista ao site italiano FormulaPassion.

“Hamilton traz consigo uma bagagem pessoal. Além de ser heptacampeão, ele tem grande experiência trabalhando com equipes de ponta, como McLaren e Mercedes. Também conheço suas qualidades e tenho certeza que contribuirá para a evolução do time. Não é apenas uma questão de ser rápido na pista, mas também de motivar e encorajar nos bastidores”, declarou o dirigente.

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Vasseur já trabalhou com Hamilton no passado, na GP2 (atual Fórmula 2), quando o britânico competia pela ART e venceu o título da categoria, em 2006. Outro personagem muito conhecido da parte do francês, Leclerc terá o desafio de ter ao seu lado o maior vencedor da história da Fórmula 1, mas Frédéric deixou claro que não tem dúvidas de que os pilotos conseguirão trabalhar bem juntos.

“Eles estão em momentos diferentes de suas carreiras. Charles pode aprender muito com Lewis, que ganhou enorme experiência com 18 temporadas de Fórmula 1 no currículo. Tenho certeza de que o relacionamento deles será positivo e isso criará uma dinâmica benéfica para a equipe”, declarou.

Por outro lado, Carlos Sainz teve de abrir espaço para a chegada de Lewis. No início desta semana, o espanhol anunciou que vestirá as cores da Williams no próximo ano, confiando no projeto liderado por James Vowles. Vasseur já falou sobre a decisão do #55 anteriormente, mas voltou a rasgar elogios para o ainda titular da escuderia de Maranello.

“Ao longo do último ano e meio, Carlos tem sido incrivelmente consistente, não só em seus resultados, mas também em sua abordagem, na qualidade do trabalho que realiza e na sua relação com os engenheiros. Para a equipe, isso é crucial”, enalteceu o mandatário. “Ele é um grande profissional, também pelo ânimo que incutiu na equipe”, continuou.

“Outra característica dele é que possui um excelente conhecimento técnico do carro e de sua dinâmica. No ano passado tivemos alguns momentos difíceis com Leclerc, enquanto Sainz teve um desempenho muito bom após retornar das férias de verão, entre Monza e Singapura. Isso estimulou Charles a se recuperar. Carlos teve um papel muito importante na recuperação da equipe no final da temporada passada”, finalizou o chefe da Ferrari.

A Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.

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