Ferrari surpreende em Sepang e põe pressão na Mercedes. Com chuva, Red Bull surge como agente do caos

Tentando a redenção depois do desastroso GP de Singapura, a Ferrari surpreendeu ao dominar com pista seca a sexta-feira na Malásia. O desempenho colocou pressão na Mercedes, que se viu em maus lençóis. A equipe teve dificuldade de encontrar o melhor acerto em uma pista que deveria sobrar. Já a Red Bull surge como o fator de desequilíbrio se a chuva se fizer protagonista

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Foi uma sexta-feira (29) atípica e com uma boa dose de drama. Começou com uma tempestade pouco antes do início do TL1. O aguaceiro atrasou o início das atividades e reduziu para 60 minutos a sessão, que acabou tendo a Red Bull como protagonista. À tarde, o clima melhorou, a chuva foi embora e a pista secou. Nesta condição, a Ferrari apareceu forte e sobrou com Sebastian Vettel puxando uma dobradinha desconcertante, enquanto a Mercedes sofreu. Embora sem chuva, o TL2 foi também encurtado. Tudo por causa de uma tampa de bueiro solta. A peça provocou um acidente com Romain Grosjean e acabou por encerrar as atividades 15 minutos antes, bem no momento em que os pilotos faziam suas simulações de corrida. E do pouco que dá para tirar desse trabalho, é possível dizer que a Ferrari largou na frente em Sepang.

 
A verdade é que a escuderia italiana corre atrás da redenção. Depois do desastroso GP de Singapura, em que poderia ter dado uma resposta após as duas vitórias seguidas de Lewis Hamilton no início desta segunda fase da temporada, Vettel desembarcou na Malásia decidido a virar o jogo. Insistiu no discurso e, quando foi à pista em condições mais normais, se pôs como o mais veloz, causando surpresa até mesmo na concorrência, que julgava a Mercedes favorita em um traçado veloz como o malaio. Ou seja, em uma pista em que a esquadra alemã deveria sobrar, foi o tetracampeão quem mostrou força ao liderar com sobras o segundo treino livre. E mais importante que isso, o desempenho agora joga a pressão toda para o lado adversário. 
 
Além de liderar com folga — Seb estabeleceu um novo recorde para a pista de Sepang ao virar 1min31s261 e impôs uma diferença de 0s6 para Räikkönen —, o alemão também foi consistente quando andou em ritmo de corrida, virando voltas na casa de 1min36s baixo. Kimi acompanhou a performance do colega de equipe. Como forma de comparação, a Red Bull andou em 1min37s — junto com Renault e Force India -, enquanto a Mercedes ficou em 1min38s.
Sebastian Vettel se colocou forte nesta sexta-feira (Foto: AFP)
Mas antes de falar no perrengue que afligiu os líderes do campeonato, também é necessário trazer as palavras do ferrarista. Sebastian não se mostrou surpreso com o desempenho apresentado pela Ferrari com pista seca e acha, inclusive, que a equipe pode melhorar para a classificação deste sábado e para o domingo, especialmente. Mas isso se os céus ajudarem.

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“É sempre um pouco mais direto no seco. Esta manhã foi um pouco mais misto. À tarde, não conseguimos rodar o quanto gostaríamos por conta da bandeira vermelha, mas, fora isso, foi ok. Ainda tem algumas coisas que temos de melhorar. Ainda é sexta-feira e muita coisa pode mudar”, ressaltou o tetracampeão. 

 
O companheiro Kimi Räikkönen acompanhou a avaliação do vice-líder do campeonato. “Tudo correu de forma suave, não tão mal”, avaliou o finlandês. “Eu acho que meu carro não está tão ruim, mas não fizemos muitas voltas rápidas e podemos ser muito mais rápidos”, completou.
 
Mais do que as dificuldades da Mercedes frente a uma dominante Ferrari, também chamou a atenção a performance da Red Bull com chuva. O traçado ainda estava muito encharcado quando a primeira sessão realmente teve início, mas foi melhorando sensivelmente ao longo da uma hora que restou do TL1. E neste tempo foi possível observar a boa forma dos rubro-taurinos. Que se deram bem tanto com os pneus para pista encharcada quanto com os intermediários.
 
Inclusive, o desempenho foi destacado por Vettel. “A Red Bull pareceu bem rápida nas condições mistas desta manhã, no úmido e no molhado com os pneus intermediários”, disse.
Max Verstappen apareceu bem no TL1 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

De fato, não há dúvida da competitividade de Max Verstappen e Daniel Ricciardo no molhado. Os dois apresentaram um desempenho muito convincente e são candidatos à pole e vitória se o tempo seguir instável ao longo do fim de semana. E como se sabe, a presença de Verstappen em qualquer disputa é sempre um motivo de dor de cabeça aos rivais, especialmente de o jovem se colocar na luta entre os dois postulantes ao título. Ou seja, em condições adversas, a esquadra das bebidas energéticas pode virar a agente do caos, impondo a aquela pitadinha de medo que sempre apimenta as disputas.

 
E Ricciardo também reconheceu o papel de sua equipe, mas acabou mesmo revelando a surpresa com a ascensão do time de Maranello. “Obviamente, a Ferrari parece um pouco mais forte do que esperávamos”, disse o australiano. “Eu meio que imaginei que a Mercedes lideraria o pelotão e nós estaríamos mais próximos da Ferrari, mas, obviamente, a Mercedes teve alguns problemas. Eu vi a onboard de Hamilton e pareceu que eles estão brigando com o carro”, contou. “Talvez eles estejam rodando com 80 kg de combustível”, comentou.
 
Daniel tocou aí no ponto que mais chamou atenção hoje. A Mercedes foi muito mal. Os dois pilotos cometeram erros em freadas e passearam em grama e brita. Perderam tempo de pista e, nenhum momento, com piso seco ou molhado, se mostraram realmente competitivos. 
Lewis Hamilton foi parar a brita depois de perder o carro na freada da curva 7 (Foto: Reprodução/TV)
Tanto é assim que o chefe da equipe prateada admitiu “a difícil sexta-feira” vivida por Hamilton e Valtteri Bottas. Lembrando os perversos personagens do filme, o dirigente tentou deixar mais evidente o drama dos atuais líderes do campeonato: “Há um gremlin no carro”. 
 
"Nós nos esforçamos no início da manhã, com pista molhada, e depois, no asfalto seco, usando todos os pneus. Singapura e Malásia são circuitos muitos diferentes. Você pode comparar Sepang um pouco a Silverstone, onde fomos muito bem. Nós sempre temos bons desempenhos em pistas velozes, mas isso não está acontecendo aqui. Há um problema fundamental no carro que precisamos descobrir. E é muito complexo. Às vezes, é um pequeno detalhe que destrói o carro", reforçou Wolff. 
 

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Mesmíssima avaliação teve Hamilton. "Foi um dia muito difícil. Eu briguei com o carro o tempo inteiro. Então, acho que temos de sentar e tentar entender aonde erramos com o equilíbrio. Esperamos encontrar respostas nesta noite", disse o líder do campeonato.
 
Neste primeiro cenário, a Mercedes se encontra em maus lençóis e precisa reagir rápido se quiser manter Hamilton em uma posição ainda confortável no campeonato. Ninguém mais esconde o jogo, então, a princípio, os papeis se inverteram, e a Ferrari agora assume o favoritismo em Sepang.

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