Ferrari defende tática “agressiva” com Leclerc na Inglaterra, mas “não funcionou”
Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari, comentou estratégia agressiva de Charles Leclerc, que não rendeu e custou-lhe pontos
A Ferrari teve um GP da Inglaterra de Fórmula 1 complicado e viu Charles Leclerc cruzar a linha de chegada fora dos pontos, em 14º. Depois de colocar pneus intermediários ainda cedo, quando estava em sétimo e a chuva não tinha apertado, o monegasco despencou no pelotão e não conseguiu se recuperar. Para o chefe da equipe, Frédéric Vasseur, a estratégia na hora era justificada pela situação da prova.
Após as 52 voltas em Silverstone, o dirigente francês comentou que era necessário arriscar mais com Leclerc naquele momento da corrida pela situação que o carro #16 se encontrava em pista.
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“Depois da prova é mais fácil fazer estratégias. Demos a mesma informação aos nossos pilotos naquele momento, mas eles estavam em situações diferentes. Carlos (Sainz) estava brigando com Verstappen e, naquele momento, ele era ainda mais rápido. Então, ele estava copiando a corrida de Max. Charles passou todo o primeiro trecho atrás de Lance Stroll e já estava 10s atrás. E isso leva a equipe e Charles a tomar uma decisão agressiva. Lewis Hamilton e George Russell escaparam na curva 1, pensamos que poderia funcionar, mas não funcionou”, disse.
“Tomamos esse tipo de decisão pelas circunstâncias em que nos encontramos, porque se estivéssemos em melhores posições, na liderança, desde o início do fim de semana, certamente não teríamos tomado decisões tão agressivas”, continuou.
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Diferente de Leclerc, Carlos Sainz terminou o GP da Inglaterra nos pontos e cruzou a linha de chegada na quinta colocação depois de ter subido ao pódio no GP da Áustria uma semana antes.
Vasseur também analisou a performance de Sainz em Silverstone e destacou como foi a prova do espanhol. “Hoje as condições e dificuldades com os pneus eram as mesmas para todos. Eu diria que também foi uma questão de quanta energia foi colocada nos pneus nas primeiras voltas. Carlos, na primeira parte de cada stint, foi conservador e sempre teve uma boa segunda parte de stint. No início, ele sempre foi mais lento que os líderes, depois foi sempre um pouco mais rápido. Talvez com Carlos deveríamos ter feito uma volta mais cedo no último pit stop, ele fez uma ótima corrida no geral”, comentou.
Apesar de dificuldades mais uma vez com Leclerc, que lamentou o erro tático da equipe na Inglaterra, o francês afirmou que enxerga “melhorias” depois da 12ª rodada. Ainda assim, Vasseur garante que ainda não pensa no GP da Hungria, próxima etapa do campeonato.
“Decidiremos mais tarde qual especificação usar na Hungria, não é um assunto agora. Hoje as coisas correram melhor. Acho que podemos levar essas melhorias para o próximo fim de semana”, declarou.
O chefe da equipe também comentou sobre o futuro da Ferrari, que vive dias de incertezas quanto a continuidade de Enrico Cardile, designer do time, para 2025. Além disso, com Adrian Newey livre no mercado, especulações ao redor da escuderia não faltam.
“Nosso problema não é que estejamos falando sobre a posição de Cardile ou Newey. São mais as pessoas ao redor da equipe que fazem isso. É igualmente verdade que os últimos quatro GPs foram muito difíceis para nós. Tivemos problemas de confiabilidade no Canadá, mas com a introdução do novo pacote na Espanha, também fizemos coisas boas. Não é tão ruim se olharmos para a corrida de hoje. No final do primeiro stint, Carlos estava apenas alguns décimos atrás de Verstappen”, destacou.
Por fim, Vasseur foi perguntado sobre a vitória de Lewis Hamilton, seu piloto na temporada que vem, em Silverstone. No entanto, o francês não quis celebrar muito a performance do atual mercedista.
“Estou feliz por Lewis, mas estou focado nesta temporada. Já temos problemas e discussões suficientes agora. Daremos as boas-vindas a ele mais tarde. Agora temos que encontrar a mesma performance da primeira parte da temporada, porque ainda estamos em segundo lugar no Mundial de Construtores, e se conseguirmos voltar aos pontos com os dois carros, tenho certeza que a situação pode melhorar”, concluiu.
A Fórmula 1 volta às pistas entre os dias 19 e 21 de julho no GP da Hungria, no Hungaroring.
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