FIA abre investigação contra si mesma por quase atropelamento de Ocon nos boxes

A FIA decidiu chamar os seus próprios comissários para averiguar o quase acidente nos boxes na volta final do GP do Azerbaijão. Esteban Ocon foi surpreendido por um grupo de fotógrafos no meio do caminho

E o absurdo incidente envolvendo Esteban Ocon no pit-lane na última volta do GP do Azerbaijão, realizado neste domingo (30), está sob investigação, mas se engana quem pensa que a Alpine é quem está na mira. Após o francês quase atropelar os fotógrafos, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) decidiu averiguar… ela mesma.

Isso porque os comissários da entidade, formados por Nish Shetty, Enrique Bernoldi, Mathieu Remmerie e Danil Solomin, convocaram o seu próprio staff para dar explicações após a corrida. Ocon guardou para a última volta o seu pit-stop obrigatório, pois o regulamento determina que os pilotos usem dois tipos de pneus durante a prova. Acontece que o #31 entrou nos boxes quando Sergio Pérez, então na liderança, já apontava nas últimas curvas para receber a bandeirada.

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Ocon quase acertou os fotógrafos que estavam no cercadinho ao entrar no boxes em Baku (Vídeo: Reprodução/ F1 TV)

Nesse momento, os fotógrafos foram liberados do cercadinho e já se dirigiam para os muros, quando foram surpreendidos pela Alpine do piloto francês. Ocon teve de frear ainda mais forte, e os jornalistas também tiveram de ser rápidos para sair do caminho.

Após o quase-atropelamento, o órgão regulador emitiu comunicado confirmando que “os representantes da FIA responsáveis pela área do parque fechado devem se apresentar aos comissários às 17h30 (locais, 10h30, de Brasília)”. Um porta-voz, então, confirmou que a entidade estava investigando o incidente no pit-lane.

Aos jornalistas, Ocon disse que foi “um momento louco” e que poderia ter acabado em desastre. “Não é algo que queremos ver. Não entendo por que começam a preparar o pódio e a cerimônia quando ainda estamos correndo, faltava uma volta e ainda havia gente que não tinha parado nos boxes”, frisou o piloto, bastante indignado.

“A 300 km/h, deixando para frear bem depois, vejo as barreiras e as pessoas ao redor. É uma loucura, poderia ter sido um ‘big-one’ enorme hoje. Definitivamente, é algo que precisa ser discutido, pois é algo que não queremos ver”, acrescentou, concluindo: “Se eu perdesse o ponto de frenagem, seria um grande desastre. É uma loucura.”

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