FIA convoca reunião com todas as equipes em Genebra para discutir futuro da F1, diz revista inglesa

De acordo com a revista britânica ‘Autosport’, os times da F1 foram convocados para uma reunião de cúpula em Genebra, na Suíça, para debater as futuras regras do Mundial

A temporada 2014 da F1 ainda não começou, mas a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) já está pensando mais adiante. De acordo com a revista britânica ‘Autosport’, a entidade máxima do automobilismo chamou as equipes para uma reunião de cúpula em Genebra, na Suíça, que vai abordar o futuro do esporte.
 
Segundo a publicação, a pauta do encontro – marcado para o dia 22 de janeiro – ainda não foi definida, mas deve abordar as ideias de mudanças no regulamento apresentadas no ano passado e discutir os rumos do esporte. O principal foco do debate deve ficar por conta do teto orçamentário, já que o objetivo é garantir o futuro das 11 equipes atuais.
Teto orçamentário deve ser o principal assunto da reunião com a FIA (Foto: Beto Issa/GP Brasil F1)
No ano passado, os chefes da F1 concordaram em introduzir um sistema mais rigoroso de controle de custos a partir da temporada 2015, mas os times ainda precisam negociar o texto final da proposta. O tema central dessa negociação é determinar quais áreas serão cobertas por este novo controle.
 
Recentemente, Stefano Domenicali, chefe da Ferrari, revelou que a escuderia italiana apresentou uma proposta onde o teto orçamentário é individualizado, levando em conta os ganhos de cada uma das equipes envolvidas no Mundial.
 
“Nós colocamos na mesa uma ideia em que, ao invés de termos uma abordagem igualitária, fazemos algo diferente – pois, para ser justo, nós estamos falando de algo que só vai afetar os times grandes, não os pequenos, que estão prontos para morrer”, avaliou. 
 
“Por que não consideramos, por exemplo, uma abordagem onde um time que pode ganhar certa quantia, pode gastar certa soma de dinheiro?”, questionou. “Nós podemos, então, manter um equilíbrio entre as receitas e os custos para podermos garantir que todos com estruturas diferentes possam ter uma abordagem diferente considerando as diferentes situações”, completou.
 
Falando à publicação inglesa, Eric Boullier, chefe da Lotus, destacou que o grande desafio era garantir que o teto orçamentário não deixasse apenas alguns times em condição de obter bons resultados.
 
“Em princípio, temos de entender que temos talvez três ou quatro equipes que podem se dar ao luxo de gastar de duas a três vezes o orçamento médio do resto do grid”, comentou. “Para mim, o problema não é o que eles gastam, pois, de certa forma, quanto mais eles gastam, melhor é para a F1”, seguiu.
 
“Mas nós precisamos ter uma competitividade que permita que a maioria dos times brigue pelo pódio”, alertou. “Se você tem sempre o mesmo vencedor, como tivemos no passado, isso pode ser perigoso para a F1”, ponderou.
 
“Temos de garantir que vamos trazer um pouco de estabilidade ao paddock para a maioria dos times e garantir que tenhamos mais times envolvidos na briga pelo campeonato para tornar as corridas animadoras”, concluiu.
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