FIA desenvolve nova estrutura anti-impacto para 2014 com objetivo de evitar acidentes como de Kubica

A nova peça foi feita em uma parceria entre a entidade internacional e as equipes da F1. Ela será composta por diversos painéis de carbono, que vão afundar conforme o choque for acontecendo

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Sempre pensando na segurança dos pilotos, a FIA anunciou nesta segunda-feira (24) que os carros da temporada de 2014 vão usar uma nova estrutura anti-impacto na lateral. O objetivo da mudança é evitar que acidentes em determinados ângulos do muro de proteção possam atingir os pilotos.

Em parceria com algumas equipes, a entidade descobriu que o atual sistema de segurança apresenta falhas em batidas em estruturas que não são retas, em ângulos agudos ou obtusos. A pesquisa levou em conta o gravíssimo acidente de Robert Kubica, no GP do Canadá de 2007, quando o polonês destruiu o carro da BMW Sauber ao atingir uma quina, no limite da área de proteção.

Os carros de F1 terão uma nova estrutura de segurança (Foto: Getty Images)

Para evitar novos acidentes, a FIA testou cockpits de carbono e outra solução montada a partir da sobreposição de painéis de carbono, que se mostrou mais efetivo. A especificação final foi produzida pela Red Bull após um primeiro design feito pela Marussia.

O engenheiro da equipe austríaca Paul Monaghan afirmou que recebeu os projetos de algumas equipes, e a FIA acabou escolhendo a da escuderia rubro-taurina. “Houve três equipes que nos enviaram algumas peças anti-impacto, e nós as submetemos a alguns testes físicos, mas a nossa pareceu a melhor de todas, então nós continuamos a desenvolvê-la”, disse.

Assim, a nova estrutura é formada por diversas placas colocadas nas laterais do carro, que vão afundando durante o impacto. Monaghan disse que, uma vez a estrutura sendo montada, então vai depender das equipes construírem os carros ao redor disso.

“O cockpit tem uma especificação comum, mas como as equipes as aplicam em seus carros é outro negócio. Os testes estáticos que serão feitos no monocoque vai determinar a força da montagem e assegurar que eles são suficientemente fortes. Depois disso, vai depender das equipes em como vão integrar tudo isso e como vão desenhar seus carros”, disse.

O engenheiro afirmou, ainda, que o novo componente vai ajudar as escuderias a economizar o orçamento, já que os crash-tests não serão mais necessários. “Um de nossos esforços era evitar que as equipes tivessem mais gastos no processo de testes. Levando em conta que todo mundo tem um monocoque que é forte o bastante e já passou nos testes estáticos, então eles economizaram dinheiro, já que não precisam fazer um teste de impacto”, encerrou.

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