FIA encaminha acordo para permitir que equipes usem carros de 2025 em TPC de 2026

Equipes da Fórmula 1 estão perto de receber luz verde para que utilizem carros deste ano na preparação de pista para temporada que vem, quando chassis e motores serão novos

A temporada 2025 ainda nem começou, mas as equipes não param de se preocupar com a realidade para 2026, quando conjunto de regras viverá verdadeira revolução. Os chassis serão amplamente diferentes, os motores mudam pela primeira vez desde 2014 e até o combustível será de ordem muito distinta. Por isso, equipes encaminharam, junto à FIA (Federação Internacional de Automobilismo), o acordo para usar os carros 2025 nos TPCs (testes de carros anteriores, na sigla em inglês).

A regra da FIA estabelece claramente que os carros precisam ter ao menos dois anos de idade, nunca do campeonato anterior. Neste 2025, por exemplo, as equipes podem usar os carros de 2023 ou antes, mas não os de 2024. Em 2026, em teoria, apenas os de 2024 poderiam ser utilizados. Mas, de acordo com a revista alemã Auto Motor und Sport, acerto para que uma permissão especial seja dada já está alinhado.

Os TPCs são normalmente utilizados para dar rodagem de F1 a pilotos jovens, sem experiência, ou aqueles contratados de realidade diferente antes do começo de cada temporada, para que se acostumem ao básico dos carros da nova casa. Lewis Hamilton, por exemplo, fez amplos testes com o carro de 2023 da Ferrari ao longo do mês de janeiro.

O fato da permissão expedida ser alinhada não torna fácil a situação de todas as equipes, contudo, uma vez que vários times vão mudar a fabricante de motores para o ano que vem. Como usar o motor da fabricante anterior sem ninguém da parte técnica para oferecer suporte? É outra grande questão.

Lewis Hamilton fez o primeiro teste com a Ferrari em Fiorano, então com carro de 2023 (Vídeo: Sky Sports)

De acordo com o veículo, o maior ponto de interrogação está na relação entre Ferrari e a Sauber, de Gabriel Bortoleto. Afinal, a Sauber fará a transformação completa para Audi no ano que vem, inclusive com a adoção de motores próprios, abandonando a marca italiana. E a Ferrari não dá pinta de se animar em ajudar a futura rival para fugir de oferecer informações além da conta para o desenvolvimento do próprio motor. Mesmo que a Audi tope pagar para a Ferrari auxiliar nos TPCs, a revista crê numa pedida altíssima, entre R$ 16 e 30 milhões por motor.

No caso da Aston Martin, que deixa a Mercedes para se tornar parceira da Honda, a exigência da fábrica alemã é bem menos dura: que os testes sejam conduzidos num local e por uma equipe diferente daquela de beira de pista para as corridas. O objetivo, assim, é diferenciar o time que trabalha direto com o motor da Honda do que vai tatear o da Mercedes.

Pelos lados da Alpine, que larga os motores próprios da Renault para utilizar os da Mercedes, já existe um acordo acertado para que a Renault mantenha um grupo na fábrica de motores da marca francesa, em Viry-Châtillon, para conduzir os trabalhos nos testes até 2028, quando já não será mais necessário.

O outro caso é o da Red Bull, que a revista indica como “mais difícil”, mas Helmut Marko, consultor da marca de bebidas energéticas, já garantiu antes que “há um acerto para o futuro” com a Honda.

Com o período de testes coletivos oficialmente encerrado, a próxima atividade da Fórmula 1 é a estreia da temporada, no GP da Austrália. A etapa está programada para acontecer entre os dias 14 e 16 de março, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ LEIA TAMBÉM: De ‘Bibicrazy’ a Bortoleto da F1: Sette Câmara lembra ousadia desde jovem

NORRIS CAMPEÃO E CALVÁRIO PARA BORTOLETO? O QUE ESPERAR DAS EQUIPES DA F1 2025 | TTGP #169
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.