FIA inicia investigação de acidente de Grosjean e promete “olhar para todas as áreas”

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) afirmou que vai analisar as barreiras, a célula de sobrevivência e também os equipamentos pessoais de proteção

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou nesta quinta-feira (3) a abertura das investigações sobre o acidente com Romain Grosjean no GP do Bahrein. A entidade se comprometeu a avaliar todos os detalhes e deu um prazo de seis a oito semanas para que os resultados sejam tornados públicos.

No GP do Bahrein, Grosjean procurava espaço para ultrapassar ainda nos primeiros metros, mas tocou na AlphaTauri de Daniil Kvyat e seguiu em alta velocidade na direção do muro. O guard-rail não conteve o bólido, que partiu ao meio e explodiu após um impacto de 53G.

Romain ficou 28s sob fogo, mas conseguiu sair sozinho do carro e pular o que restava do guard-rail para ser amparado pela equipe médica da Fórmula 1, que chegou prontamente ao local do acidente. O franco-suíço teve queimaduras nas mãos e no tornozelo.

FIA quer analisar barreiras, roupas de proteção e célula de sobrevivência (Foto: AFP)

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O piloto da Haas passou três dias no hospital, mas foi liberado na quarta-feira. Agora, Romain tenta se recuperar para voltar ao carro no GP de Abu Dhabi, última etapa do campeonato, já que quer ver como se sente e encerrar a história na Fórmula 1 de uma maneira diferente. O companheiro de equipe de Kevin Magnussen, porém, já admite não correr em 2021.

“A investigação do incidente de Grosjean vai olhar para todas as áreas, incluindo os dispositivos de segurança dos competidores, como capacete, HANS, cinto de segurança, roupa de proteção, célula de sobrevivência, apoio de cabeça, sistema de extintor do carro e a cabine de proteção dianteira do Halo”, disse a FIA em nota. “A análise também vai incluir a integridade do chassi e a performance da barreira de segurança para um impacto daquela energia e naquela trajetória. Também avaliará o papel dos fiscais de pista e do time de intervenção médica”, seguiu.

“A FIA vai trabalhar com todas as partes envolvidas, incluindo o promotor da F1, a Haas e a Associação dos Pilotos de GP, que já foi contatada para dar sua avaliação”, anunciou. “Os dados coletados estarão no centro das investigações e a Fórmula 1 tem mais instrumentação de dados do que qualquer outro campeonato. Pesquisadores da FIA poderão reunir dados de vários vídeos, incluindo a câmera de alta velocidade que fica de frente para o piloto e filmes de 400 frames por segundo para vermos em câmera lenta o que aconteceu com ele durante o acidente”, descreveu.

“Os dados também serão coletados do Gravador de Dados de Acidente, que vai revelar a velocidade e as forces no carro, e dos acelerômetros intra-auriculares, que são moldados para encaixar dentro do canal auditivo do piloto para medir o movimento da cabeça dele em um acidente”, apontou. “A expectativa é de que a investigação leve de 6 a 8 semanas antes de que os achados sejam tornados públicos”, completou.

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